No Brasil, o café vive um momento de renovação. Se, por décadas, foi sinônimo de tradição e afeto, hoje também simboliza estilo de vida, bem-estar e socialização. No centro dessa transformação está a Geração Z, jovens nascidos entre 1997 e 2010, que remodelam hábitos de consumo em praticamente todos os setores. Mais conectados e em busca de experiências genuínas, estão redefinindo a forma de consumir café: menos hábitos mecânicos, mais ritual de pausa e conexão.
De acordo com pesquisa da Mintel, 74% dos jovens entre 16 e 24 anos consideram cafeterias, lanchonetes e docerias bons locais para se reunir e estudar ou trabalhar em grupo, reforçando o papel do café como um catalisador de encontros e conexões. Essa geração busca inserir pequenos rituais de prazer na correria cotidiana, transformando o café em um elo entre autocuidado e socialização.
Mais que conveniência, o café em cápsulas se torna um momento de pausa e conexão, seja ao redor de uma mesa em casa ou no escritório. Essa dualidade faz com que dialogue de forma única com a vida da Geração Z, que alterna intensamente entre o digital e o presencial, o individual e o coletivo.

Para o mercado, o desafio está em compreender que não se trata apenas de vender café, mas de oferecer experiências que façam sentido. Três fatores se destacam como alavancas estratégicas: praticidade com qualidade - formatos que acompanham rotinas intensas, sem abrir mão de aroma e sabor; conexão social - produtos que se transformam em pontos de encontro, dentro e fora de casa; autenticidade - a capacidade de traduzir tradição em linguagem contemporânea, mantendo relevância cultural.
A tendência é evidente: a Geração Z continuará ampliando seu protagonismo no consumo, e o café seguirá como um dos principais símbolos de convivência e significado no Brasil, que em 2024 registrou um consumo estimado superior a 1,3 milhão de toneladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). Negócios que conseguirem equilibrar tradição e inovação estarão mais bem posicionados para conquistar não apenas a xícara, mas também a memória afetiva dessa geração.
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