Construindo marcas coesas: por que as agências full service podem ser mais efetivas? Bruno Mello 13 de maio de 2024

Construindo marcas coesas: por que as agências full service podem ser mais efetivas?

         

Adriana Campos explica que essa abordagem integrada oferece conveniência e é crucial para garantir a continuidade da mensagem em todos os pontos de contato com o consumidor

Construindo marcas coesas: por que as agências full service podem ser mais efetivas?
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Nos últimos anos, temos observado um movimento expressivo no mercado de comunicação e marketing em direção às agências full service. Este fenômeno não é meramente uma resposta às demandas de evolução das marcas, mas reflete também as crescentes complexidades do cenário de comunicação contemporâneo.

De acordo com dados da pesquisa Panorama das Agências Digitais 2021, a mais recente recente divulgada pela Rock Content, apenas 14,71% das agências digitais se definiam como full service naquele ano. Esse número pode parecer baixo, mas o mesmo estudo também revela que, entre as agências de marketing digital mapeadas, 46% estão no mercado há menos de três anos. Ou seja, são recentes e ainda estão se acomodando às exigências do setor.

À medida que a digitalização continua a remodelar a forma como as marcas se conectam com seus consumidores, a integração de serviços emergiu como uma prioridade estratégica. Agências full service, antes chamadas de “360”, têm se destacado ao oferecer uma vasta gama de serviços sob o mesmo teto, abrangendo desde estratégias de marca até execução criativa, englobando publicidade digital, desenvolvimento web, performance, relacionamento com cliente, entre outras questões.

Essa abordagem integrada oferece conveniência e é crucial para garantir a continuidade da mensagem em todos os pontos de contato com o consumidor. Ao trabalhar com uma agência full service, as marcas podem assegurar voz e identidade visual coesas em todos os aspectos de sua comunicação digital. Essa consistência contribui para a construção de uma imagem de marca forte, com crescimento saudável, essencial para se destacar em um mercado mais exigente.

Além disso, consolidar as necessidades de comunicação e marketing em uma única agência pode resultar em economia de tempo e recursos. Ao invés de lidar com múltiplos fornecedores e coordenar diferentes equipes, é possível contar com uma única empresa para atingir seus objetivos e desafios no mercado digital. Isso simplifica o processo e facilita a comunicação e colaboração entre as diversas disciplinas.

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Mas não são apenas as marcas que estão impulsionando o movimento em direção a agências full service. As próprias agências também estão se adaptando para atender às demandas do mercado: as que antes eram especializadas estão ampliando seu escopo para tornarem seu cardápio mais completo, reconhecendo a necessidade da abordagem integrada em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.

A própria Adtail, agência em que atuo como CEO, é um exemplo desse movimento: teve suas raízes firmemente plantadas no mundo da performance digital. Ao longo dos anos, porém, expandiu suas ofertas para se tornar uma agência full service, integrando uma ampla gama de serviços para atender às diversas necessidades de comunicação e marketing de seus clientes. Essa transição se alinha com um movimento mais amplo discutido anteriormente aqui, na minha coluna de março, destacando a sinergia entre agências dentro de holdings ou grupos, impulsionando fusões e aquisições para expansão estratégica.

Em síntese, o movimento em direção a agências full service representa uma resposta inteligente às demandas e aos desafios do mercado de comunicação e marketing contemporâneo. As marcas que buscam se destacar e alcançar o sucesso em um ambiente cada vez mais complexo podem colher benefícios substanciais ao optar por uma abordagem integrada e coesa.

*Adriana Campos é CEO da Adtail, uma das principais agências full service de marketing digital do Brasil, que faz parte da Cadastra. Formada em Publicidade com ênfase em Marketing e Big Data pela ESPM e em Creativity and Leadership pela Universidade de Stanford.


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