Muitos fatores impactam diretamente nas escolhas dos brasileiros na hora do almoço, dentro e fora de casa. Para desmistificar esta parte específica dos hábitos de consumo no país, a Galunion conduziu 1.045 entrevistas que deram base à pesquisa “Alimentação Hoje: A Visão do Consumidor”. A publicação aborda as decisões e preferências alimentares de membros das classes A, B e C.
O primeiro panorama montado pela pesquisa foi pautado pelos locais frequentados pelos respondentes com a intenção de se alimentar em dias úteis. Nesse sentido, fazer refeições em casa é a opção preferida por 57% dos membros da classe C. Enquanto isso, 44% da classe A preferem os restaurantes self-service, e 41% da classe B tem predileção pelos restaurantes de serviço rápido.
Outro fator crucial para a escolha do local do almoço é a motivação - ou as motivações. A pesquisa indica quatro gatilhos principais que influenciam os consumidores a consumir presencialmente em bares, restaurantes, lanchonetes e outros locais do foodservice: o primeiro deles, “encontro com familiares”, é relevante para membros de todas as classes e, por isso, foi citado como um motivo válido para sair de casa por 64% dos consumidores entrevistados.
Novidades e conveniência
Em seguida, o gatilho “pratos/menus novos, inovadores, não reprodutíveis em casa”, foi destacado por 51% dos membros da classe B e 49% dos membros da classe A. Fechando a lista, as motivações ditadas pelo desejo de frequentar “ambientes com conceitos novos e interessantes” e pela percepção de comodidade em um “almoço conveniência/necessidade” foram mais ressaltadas pela classe A, com 40% e 42% das menções, respectivamente, e apresentam empate técnico na classe C, com 30%.
“Percebemos que ao deixar uma pergunta em aberto, em relação aos ingredientes ou pratos que os tinham surpreendido positivamente nos três últimos meses que antecederam à pesquisa, “peixe cru” ficou entre os itens mais citados, além de Pimenta, Páprica, Açafrão e Açaí. Talvez isso indique a falta de conhecimento e experimentação de algumas culinárias, como a japonesa, além do acesso econômico”, analisa Simone Galante, fundadora e CEO da Galunion.
A pesquisa também perguntou o que as pessoas pediriam aos donos de restaurante. As duas principais respostas foram associadas ao lançamento de produtos mais baratos e gostosos e ao não sacrifício da qualidade, sendo mais relevantes a questão do acesso econômico vir junto com o sabor para os respondentes das Classes B e C, e a questão da qualidade para os respondentes da Classe A.
“Como conclusão inicial, identificamos que a Classe C é relevante em seu hábito de consumir alimentação preparada fora do lar, seja no consumo no local ou fora do local dos estabelecimentos, e há uma diversidade de culinárias e ocasiões de consumo mais preponderantes”, aponta Simone Galante.
Outro cenário relevante indicado pela pesquisa diz respeito à “alimentação pressionada pelo tempo”, muito comum aos trabalhadores que cumprem horário de almoço. Neste recorte, o serviço rápido é o local mais frequentado, citado por 38% dos respondentes. No entanto, existem divergências quanto ao segundo lugar deste ranking. Os restaurantes de self-service são a preferência do total da amostra, mas para 31% dos membros da classe C a melhor opção, neste contexto, é fazer refeições em casa.
“Em um momento em que se discute aspectos importantes da reforma tributária em nosso país, olhar as necessidades desta classe social e os pedidos que fazem aos donos de restaurante nos revelam que nosso trabalho de manter o setor o mais competitivo possível, com acesso às tendências e inovações para redução de desperdícios, preservação do sabor e da qualidade dos alimentos e proporcionar custos menores é muito importante e merece atenção de todo nosso mercado para que haja prosperidade no setor de alimentação preparada fora do lar (foodservice)”, conclui a executiva.
Leia também: Experiência do Consumidor tem muito a ganhar com o uso da Inteligência Artificial
COMPARTILHAR ESSE POST