Em um mundo repleto de estímulos constantes, o silêncio passa a ser considerado artigo de luxo. Esta é uma das constatações publicadas pela Soundthinkers no estudo “Soundtrends 2025”, que avalia diferentes formatos e usos do som de forma imersiva e inovadora no cotidiano e no ambiente de negócios.
O aumento de espaços – públicos e comerciais – que prezam pelo silêncio, o crescimento de produtos com cancelamento de ruídos - como fones de ouvido - e ruídos que ajudam a relaxar, dormir, estudar e trabalhar serão tendências fortemente consideradas nos próximos anos, configurando um mercado em ascensão para marcas do ramo.

Neste panorama, a ausência de som pode ser um recurso poderoso para conectar marcas às pessoas através da criação de experiências imersivas. O contrário também é verdadeiro, e ativações memoráveis podem ser criadas a partir da utilização correta de sons específicos, compatíveis com as narrativas de uma campanha.
Segundo Paulo Dytz, CEO e fundador da Soundthinkers, os atos de escutar e se conectar estão assumindo novas formas à medida que se criam maneiras mais inovadoras para as pessoas se relacionarem com o som. Essa evolução, que vai além da simples audição, promete crescer à medida que as pessoas buscam novas maneiras de encontrar equilíbrio.

As dimensões do som
O estudo apresenta outras três dimensões para o mercado sonoro moderno: Sintético, Linguagem e Emoção. A primeira recai sobre a evolução da tecnologia, permitindo que a Inteligência Artificial reproduza com maior fidelidade as nuances e complexidades da voz humana. Essa capacidade oferece oportunidades para plataformas e empresas personalizarem a experiência do cliente, promovendo interações mais eficientes e envolventes, sempre com ênfase na segurança.
A seção Linguagem aborda o poder comunicativo do som além das palavras, com destaque para a popularidade dos podcasts. Só no Brasil, mais de 39 milhões de pessoas ouvem podcasts regularmente nas principais plataformas de áudio, segundo o Global Podcast Listener Forecast (2021-2025). Marcas têm aproveitado esse formato para criar seus próprios programas, reforçando a conexão com os consumidores.

O tema Emoção destaca a importância da escuta ativa e os impactos emocionais do som. Marcas têm investido em paisagens sonoras em pontos de venda, utilizando músicas e ambientes acústicos para promover bem-estar, reduzir o estresse e melhorar o foco dos clientes. A música também desponta como ferramenta de cura e equilíbrio emocional e impulsionam o aumento da procura por práticas como Soundhealing e Soundtherapy.
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