Indulgência ou esticar a vida por alguns anos felizes e saudáveis? Para 40% dos consumidores entrevistados durante o estudo "Da Indiferença à Paixão", conduzido pela HSR, o mais importante na hora de se alimentar é consumir alimentos que proporcionem prazer.
Para entender o comportamento do consumidor que tem o objetivo de fazer refeições mais saudáveis, sem deixar de lado o fator de recompensa das guloseimas, a HSR utilizou Inteligência Artificial para criar a Chocoheart, uma marca fictícia focada em alimentação saudável dentro da categoria indulgente de chocolates.
Foram desenvolvidas três embalagens diferentes, cada uma com propostas e alegações distintas, para avaliar a reação de consumidores de diferentes gerações. A primeira embalagem destacava o prazer de consumir chocolate, apelando à indulgência.
As outras duas enfatizavam a funcionalidade: uma abordava a redução de açúcar e gordura, enquanto a outra mencionava a adição de whey protein e creatina. Para medir o impacto dessas embalagens, a HSR aplicou suas metodologias exclusivas, Pack Impact e Blink.AI, avaliando o potencial de atração e comunicação das embalagens criadas.
Segundo Karina Milaré, sócia-diretora da REDS – Research Designed for Strategy, empresa membro da HSR, especializada em pesquisa de mercado de consumo, o poder informativo das embalagens foi impressionante: mesmo sem conhecer a marca, 25% dos participantes compraram itens Chocoheart no teste de gôndola.
Performance entre gerações
Os produtos com apelo "indulgente" e funcional, com adição de whey protein e creatina, tiveram maior aceitação. A versão com a creatina impulsionou um aumento de 33% nas compras da Geração X. O estudo também revelou que a alimentação funcional gera maior engajamento entre as gerações X (42-60 anos) e Y (26-41 anos), sendo que a Geração X prioriza mais a funcionalidade do que o prazer dos alimentos.
Já a Geração Z (12-25 anos, com foco nos maiores de 18 anos) busca vitalidade nos alimentos funcionais, enquanto os millennials alternam entre a satisfação proporcionada pelos alimentos tradicionais e o desempenho prometido pelos produtos funcionais. Para Karina, foi interessante notar que, apesar do apelo funcional, os aspectos indulgentes das embalagens ainda atraem os consumidores, gerando oportunidades significativas para a indústria.
A profissional aproveitou para ressaltar que não basta falar em redução de açúcar ou gordura para engajar o consumidor – apresentar alguns dos benefícios concretos dos ingredientes adicionados e ressaltar o sabor continua sendo crucial para as marcas.
O estudo "Da Indiferença à Paixão" ouviu mais de 3.500 pessoas de todo o Brasil, representando todas as classes sociais, sobre 20 temas, dos quais cinco se destacaram: alimentos funcionais, apostas, carros eletrificados, ESG e pets.
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