Empresas e profissionais de Marketing: peças distintas em um quebra-cabeças complexo, que quando completo, permite a visualização das virtudes, mazelas, possibilidades e desafios para o futuro do setor de Marketing e Comunicação no Brasil. Juntando essas peças, a Cortex, em parceria com o Mundo do Marketing, desenvolveu o relatório Marketing em Foco: Desvendando o Mercado de Marketing e Comunicação no Brasil em 2023. O documento analisa, entre outras coisas, a dimensão e a longevidade das agências de Marketing e Comunicação no País, bem como a maturidade digital e tecnológica das operações do setor. Adicionalmente, o relatório projeta os cargos que serão mais relevantes para o mercado nos próximos anos e as competências exigidas dos profissionais que desejam conquistar espaço no segmento. Os dados foram apresentados em primeira mão aos participantes do Clube Mundo do Marketing. Veja alguns pontos abordados pelo documento.Panorama para as agênciasO segmento de Marketing e Comunicação abriga mais de 22 mil empresas ativas no Brasil. Para entender a realidade dessas operações, primeiro, é preciso dividi-las. Os dados coletados pelo relatório apontam que, do ponto de vista do faturamento, 78,3% do total de empresas do segmento são microempresas - operações cujo faturamento total não ultrapassa R$ 360 mil.Em seguida, aparecem as empresas pequenas (14,8%), grandes (5,7%) e médias (1,2%). A disposição dos números oferece um diagnóstico pouco animador: empresas brasileiras têm dificuldade para crescer. Esta amarga realidade é evidenciada, também, pelo número de empresas abertas em anos passados que continuam ativas. O relatório aponta que, dos empreendimentos iniciados há cinco anos, em 2018, apenas 956 continuam ativos. Em outras palavras, as operações não sobrevivem ao tempo.Embora a “morte” de algumas operações possa ser explicada pela dificuldade comum de sobreviver aos desafios impostos pelos primeiros anos de existência, agências de Marketing e Comunicação possuem - ou deveriam possuir - potencial para longevidade no mercado. “Empresas de marketing devem ser as primeiras a serem bem-estruturadas. Caso contrário, como vão estruturar campanhas e estratégias para os clientes se internamente elas não conseguem fazer isso? Isso é um ponto que chama a atenção, pois temos que ser os primeiros a formular boas práticas e estratégias”, destaca Bruno Mello, fundador do Mundo do Marketing.Maturidade digital e tecnológicaParte das práticas que contribuem para a sobrevivência de uma empresa se baseia na presença virtual e na adoção e atualização de ferramentas digitais, como Cloud Providers, CRM, Automação de Marketing, emprego de Inteligência Artificial, entre outros. Baseando-se na frequência de utilização dessas ferramentas, o relatório aponta que 6,8% das empresas de Marketing e Comunicação apresentam baixo nível de adoção tecnológica. Por outro lado, 72,3% das operações fazem uso médio da tecnologia, enquanto 20,9% têm alta adoção.No que diz respeito à presença digital, os números apontam que não existem empresas que possam ser enquadradas na categoria baixa presença digital. Sobram, portanto, as operações de média presença digital (55,6%) e as de alta presença digital (44,4%), que já consolidaram a imagem em canais múltiplos, como Google Maps, Facebook, LinkedIn, Instagram, TikTok, WhatsApp e Github.A relevância da presença pode ser explicada pelas oportunidades geradas pelos canais digitais. “Hoje, exceto raras exceções, o consumidor está no ambiente digital. Ele pode até realizar parte do processo do ciclo de compra no meio físico, mas de maneira geral, estará presente no digital. Por isso, o meio virtual gera diversas oportunidades”, avalia Leandro Jardim, Diretor de Marketing da Cortex.Panorama para os profissionais de MarketingPara os profissionais que buscam um lugar ao Sol nas fileiras do Marketing, vagas e cargos específicos chamam a atenção. Diferenciados pela perspectiva de preservar a relevância no futuro, postos como designer (16.408 vagas), analista de marketing (8.218), social media (5.803), assistente de marketing (4.272) e analista de produto (1.776), oferecem algumas pistas sobre especializações que deverão ser bem aproveitadas pelo mercado.Neste rol de profissões, o cargo de analista de produto deve ser encarado com atenção especial, à medida que os produtos e serviços oferecidos pelas empresas são afetados pela dinamicidade do meio digital. “No mundo dos produtos digitais, das ferramentas tecnológicas e dos apps no celular, vemos a todo o momento o lançamento de novas versões e a atualização constante desses produtos. Eles deixaram de ter estabilidade: mudam o tempo todo, e isso exige pessoas capazes de observar, pesquisar e avaliar o mercado”, ressalta Jardim.Avaliando a natureza das vagas abertas, o relatório aponta que 80% se destinam ao nível hierárquico de analista (42.526). Em segundo lugar, aparecem os cargos de nível assistente, com 10% das vagas (5.272), seguido por coordenador, com 3% (1.589). 2% das vagas (1.195), são destinadas a estagiários. Especialistas (322 vagas) e diretores (186) são os cargos com menos vagas abertas.Mas o que dizer das competências mais exigidas, por parte dos empregadores, na hora de contratar um colaborador? Liderança, flexibilidade e resolução de problemas são algumas das habilidades que estarão em alta no mercado de trabalho até 2025. O ranking com as dez competências mais buscadas pelos empregadores pode ser encontrado na apresentação do relatório Marketing em Foco ao Clube Mundo do Marketing. Clique aqui para acessar:
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