2025 ainda nem começou, mas já é preciso se preparar para as mudanças que virão com ele, inclusive as econômicas. Com uma taxa Selic a 12% e sem perspectivas de queda, o próximo ciclo da economia brasileira talvez seja desafiador para marcas e consumidores.
Para as empresas, é preciso planejar uma estratégia de precificação que envolva essas alterações, pois o impacto de custos afeta toda a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, o repasse para o cliente deve ser muito bem pensado e comunicado de forma transparente.
Do lado do público, não tem segredo: a inflação afeta diretamente o poder de compra, o que faz com que as pessoas fiquem mais exigentes na hora de adquirir um produto ou serviço. Áreas do mercado que atuam com itens essenciais tendem a se manter em boas condições. Ainda assim, as demais também têm seu espaço — só é preciso adaptar o marketing para transmitir a mensagem certa.
Quando enfrentam dificuldades econômicas, consumidores procuram pelo que mais agrega valor. Por exemplo, combos, brindes e promoções são vistos como oportunidades para gastar menos e receber mais. O marketing de conteúdo é outro aliado nesse sentido, pois as pessoas também enxergam valor em materiais educacionais ou mesmo de entretenimento. O importante é que a conexão entre o que você vende e o que o cliente está recebendo seja clara e integrada.
Esse conteúdo, inclusive, deve fazer parte de uma presença digital generalizada. O poder da internet já é bem conhecido no mercado: de acordo com uma pesquisa de maio deste ano realizada pela CNDL e pelo SPC Brasil, 91% dos internautas brasileiros realizaram alguma compra online nos 12 meses anteriores. Essa é uma tendência que só cresce e não será diferente em qualquer cenário econômico, especialmente dada a facilidade de comparar preços e encontrar produtos mais em conta no e-commerce.
Ou seja, marcas que queiram se fortalecer virtualmente precisam contar com as ferramentas e táticas certas para esse espaço. Isso inclui um trabalho estratégico e coordenado nas redes sociais, sites e lojas otimizadas, SEO, mídias pagas e mais — tudo com apoio de dados, é claro.
Também é importante não perder de vista outros aspectos de valor que levam o consumidor a escolher você em um período de muita exigência. A personalização de experiências, o atendimento, o alinhamento aos mesmo propósitos e valores, todos são diferenciais a serem explorados com mais assertividade quando o cenário macro fica delicado. E não esqueça de garantir que as campanhas sejam flexíveis e ágeis: cenários econômicos instáveis podem demandar mudanças rápidas no marketing, seja para aproveitar oportunidades ou evitar reações negativas.
O preparo aumenta a segurança e as chances de um bom ano, mesmo quando a situação da economia não parece das melhores. Mesmo que os cuidados acabem não sendo necessários, é sempre melhor prevenir do que remediar, e um bom plano de marketing se adapta ao que precisa.
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