No ano em que comemora três décadas de história, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em parceria com a Bushatsky Filmes e a Toyota, lançou o documentário “Mulheres no Pódio”, uma homenagem a atletas paralímpicas com trajetórias inspiradoras. A produção foi lançada no Dia Internacional da Mulher, no Sportv e no Globoplay.
A produção acompanha as histórias da lançadora e arremessadora Tuany Barbosa, da halterofilista Mariana D’Andrea e da mesatenista Sophia Kelmer, além da participação especial da nadadora multimedalhista Carol Santiago. O documentário traz depoimentos de familiares, jornalistas especializados e membros das equipes técnicas das atletas.
Saúde, menstruação, gravidez, maternidade, assédio e relações afetivas são temas abordados pelos convidados. Isabely Morais, jornalista esportiva e narradora do Sportv, destaca que o esporte é feito de amor, luta, entrega e dedicação, e que nenhuma outra categoria precisou lutar tanto por reconhecimento quanto as mulheres.
Segundo Maíta Pode de Araújo, ginecologista do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ao entrar no Movimento Paralímpico, os profissionais perceberam que fazem parte de uma rede de apoio, assumindo o papel de minimizar as barreiras de gênero para que as atletas possam treinar intensamente, competir e conquistar vitórias.

A obra abre espaço também para discussões sobre o corpo, a saúde e a vida da mulher, abordando temas como menstruação, gravidez, maternidade, assédio e relações afetivas.
Histórias de superação no esporte
Tuany Barbosa, ex-judoca carioca, encontrou no atletismo um novo caminho após um acidente, conquistando a prata no arremesso de peso e o bronze no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

Mariana D’Andrea, paulista com nanismo, fez história ao levar o ouro no halterofilismo até 73kg nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e estabelecer o recorde mundial na categoria até 79kg, levantando 151kg.

Já Sophia Kelmer, também do Rio de Janeiro, brilhou no tênis de mesa com a prata no individual e o bronze nas duplas no Parapan de Santiago 2023. Aos 16 anos, foi a brasileira mais jovem a competir nos Jogos de Paris 2024.
A pernambucana Carol Santiago, recordista mundial dos 50m livre na natação, soma conquistas expressivas. Em Paris 2024, garantiu três medalhas de ouro nos 50m livre, 100m livre e 100m costas, tornando-se a atleta paralímpica brasileira mais vencedora da história dos Jogos.
Segundo José Antônio Freire, presidente do CPB, *Mulheres no Pódio* é uma oportunidade para celebrar as conquistas das atletas e refletir sobre os desafios que enfrentaram para alcançar o topo do esporte.
Ele destaca que a maior participação feminina no esporte paralímpico é um dos pilares estratégicos da entidade e que dar visibilidade às suas trajetórias contribui para aumentar a conscientização sobre a inclusão de mulheres com deficiência na sociedade por meio do esporte.
Leia também: Toyota deixa de apoiar eventos LGBTQIA+
COMPARTILHAR ESSE POST