Os fabricantes de automóveis Toyota nos Estados Unidos receberam uma reorientação dos programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).Isso significa que a empresa não patrocina mais eventos culturais e paradas como o Orgulho LGBTQ+ no país. A decisão foi comunicada em um memorando enviado aos 50 mil funcionários do país e a mais de 1.500 concessionários.
A empresa justificou que a decisão segue uma “discussão altamente politizada” em torno dos compromissos comerciais com a DEI. “Não patrocinaremos mais eventos culturais, como festivais e desfiles, que não estejam relacionados à educação Stem [ciência, tecnologia, engenharia e matemática] e à preparação da força de trabalho”, dizia o memorando.
De acordo com a Bloomberg, a Toyota também não participará mais em pesquisas culturais e encerrará sua participação no Índice Anual de Igualdade Corporativa da Campanha de Direitos Humanos (HRC), que antes lhes dava uma pontuação por seus esforços de DEI.
O anúncio ocorreu depois que o influenciador Robby Starbuck recorreu às redes sociais para condenar a empresa por seu compromisso com a DEI. A empresa era “uma das marcas mais confiáveis da América, mas [está] totalmente acordada. Não creio que os valores corporativos reflitam os valores que muitos proprietários de Toyota/Lexus têm (com exceção, talvez, dos proprietários de Prius, que provavelmente gostam de coisas acordadas)”, afirmou.
Depois que a Toyota fez o anúncio, Robby Starbuck fez outro conteúdo afirmando: “estamos vencendo e, um por um, traremos a sanidade de volta à América corporativa”.
Empresa já foi reconhecida pelo apoio à comunidade LGBTQIA+
A relação da Toyota com a comunidade LGBTQIA+ foi de longa data. Em 2007, em lista promovida pelo site GayWheels, foram constatados os 10 veículos mais procurados no site especializado em automóveis para o público gay. O modelo Toyota Yaris foi o mais procurado pelos internautas por anos seguidos.
Em 2021, a Toyota Brasil também criou cinco grupos de afinidades para avançar com ações de diversidade e inclusão, incluindo um específico para a temática LGBT+. Foram cerca de 100 participantes que se reuniram regularmente para desenvolver práticas e refletir pontos de melhoria a serem apresentados e endereçados junto à liderança da empresa. Ainda não se sabe se a decisão da unidade americana será replicada pela filial brasileira.
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