Para os lojistas e profissionais de Marketing, aumentos nas buscas por produtos específicos são quase sempre momentos a serem celebrados. Mas o aumento de 552% na procura por climatizadores e umidificadores de ar nos primeiros nove dias de setembro deixa pouco espaço para empolgação: o crescimento, segundo o Buscapé, está associado à ocorrência de queimadas no país.
Nos últimos 15 dias (26/08 a 09/09), o aumento na procura pelos itens foi de 177%. Apesar do crescimento, os preços médios da categoria tiveram queda de 26,2% e se aproximam de R$ 500 a unidade. Neste mesmo intervalo, a busca por ventiladores cresceu 109%, enquanto o preço médio da categoria caiu 6%.
Segundo Francisco Donato, Superintendente Executivo da Mosaico no Banco PAN, os dados sugerem uma tendência e podem servir de alerta aos consumidores. A tendência, segundo o especialista, é que estes produtos se tornem mais escassos e mais caros com o passar do tempo, considerando a aproximação do verão e as previsões de altas históricas.
Na avaliação de Patrick Galletti, especialista em climatização e CEO do Grupo RETEC, em um panorama atípico, caracterizado pelo tempo seco e total ausência de chuvas em todo o país, a integração de sistemas de purificação de ar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade.
Em 2024, a Organização Mundial da Saúde anunciou que mais de 99% da população mundial respira ar que não cumpre os níveis recomendados. A OMS estima que isso causa 7 milhões de mortes prematuras por ano. Essa situação tem levado a uma alta na incidência de condições respiratórias crônicas, principalmente em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.
Leia também: Oscilações climáticas impõem desafios ao varejo de roupas
COMPARTILHAR ESSE POST