No mês de junho celebra-se o mês do Orgulho LGBTQIAP+. Muitas marcas usam a data para criar campanhas, mas depois que o período passa, as ativações diminuem consideravelmente. Mas um dado mostra que trabalhar a pauta por todo o ano é necessário: 49% dos brasileiros entrevistados para o estudo Oldiversity, conduzido pela Croma Consultoria, apreciam as propagandas que mostram cenas de diversidade. Desde 2020, a parcela que acredita que a diversidade deve fazer parte da rotina de marcas e empresas aumentou de 70% para 78%.Para 21% dos respondentes, a publicidade nacional é preconceituosa. Essa percepção para 27% entre o público LGBTQIAPN+. 35% dos respondentes consideram que as marcas enfrentam riscos ao falar sobre diversidade, e 34% acham que elas correm riscos ao associarem suas imagens ao público LGBTQIAPN+.O estudo revelou que 56% dos entrevistados não se recordam de ter visto propagandas que abordam a diversidade. Entre os 44% dos que se lembram de propagandas de alguma marca que aborda o tema, 38% mencionaram Natura, 30% lembraram de O Boticário e 19% de Avon. Para Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma, os dados levantados pela pesquisa são um indicativo claro de que a população deseja – e precisa – ver mais diversidade no cotidiano das marcas. Na avaliação do executivo, as empresas têm a preciosa e grande oportunidade de abraçar a diversidade como fonte inesgotável e inestimável de inovação.O movimento, no entanto, deve ser feito de forma autêntica, e as marcas devem alinhar o discurso às ações cotidianas. Bulla reforça que as organizações desempenham um papel importante na desconstrução de estereótipos, preconceitos e discriminações para o brasileiro. Essa demanda é ainda mais latente para o grupo LGBTQIAPN+, que trouxe o maior índice de associação das publicidades consumidas ao atributo 'machismo' na propaganda. A sugestão, segundo o executivo, é incluir elementos diversos e representar efetivamente a diversidade nas propagandas, estampando a pluralidade natural do cotidiano, que deve ser valorizada.Leia também: Como as marcas podem transformar o Brasil em uma referência em diversidade e inclusão?
COMPARTILHAR ESSE POST