Muitas são as recomendações para que uma pessoa chegue aos anos de prata com tranquilidade. Enquanto sugestões como a prática regular de exercícios físicos e a observação de dietas saudáveis são bastante populares, 45% dos brasileiros acreditam em marcas do setor financeiro como aliadas na busca por qualidade de vida ao longo do tempo.
É o que aponta o estudo “A Permanência da Impermanência”, conduzido pela Neura em parceria com a PiniOn. Apesar de a alimentação ser apontada como o principal fator para uma vida saudável, a credibilidade da indústria alimentícia é baixa. Apenas 37% dos entrevistados confiam nesse setor para oferecer o suporte necessário à jornada de envelhecimento.
Para Carol Dantas, co-CEO do PiniOn, esse é um alerta direto para a indústria alimentícia. Embora as pessoas reconheçam a alimentação como essencial para a saúde e vitalidade, há uma desconfiança significativa sobre a capacidade do setor em oferecer soluções realmente eficazes.
O estudo aponta que 95% dos brasileiros acreditam que é possível se preparar para viver mais e melhor, e 80% já tomam medidas concretas para isso. Entre as práticas adotadas estão exercícios regulares, alimentação balanceada, cuidados com a saúde mental e atenção a hábitos de prevenção.
A pesquisa também revelou a percepção de credibilidade de outros setores: enquanto 67% confiam na indústria de cosméticos, o setor financeiro conta com 45% de confiança. Em contrapartida, os planos de saúde aparecem com a menor credibilidade, com apenas 34%.
Expectativas sobre o papel das marcas
Enquanto 16% dos entrevistados desejam que as marcas abordem mais o tema da longevidade em suas comunicações e sejam mais inclusivas, 35% preferem que elas desenvolvam serviços que contribuam de fato para uma vida longa e saudável. Além disso, 32% destacaram a importância da transparência nas promessas de produtos.
Em outro recorte, 86% dos brasileiros apontam aspectos como saúde e conhecimento como mais importantes do que a aparência física ao longo do tempo. No entanto, 43% afirmaram sentir pressão para manter uma aparência jovem, o que reforça a relevância das marcas de cosméticos, que aparecem em segundo lugar entre as menções espontâneas (13,8%).
Na avaliação de André Cruz, fundador e CEO da Neura, os números demonstram que consumidores já sabem o que precisam para viver melhor e por mais tempo. O grande desafio para a indústria é ir além da comunicação superficial e integrar esse propósito às suas ofertas de maneira autêntica e eficaz.
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