O mercado de biometria facial tem crescido rapidamente, impulsionado pela necessidade de melhorias de segurança, melhorias tecnológicas e de aplicação em diversos setores, como finanças, varejo, segurança pública e dispositivos móveis. Esse setor deve atingir cerca de US$ 12 bilhões até 2028, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de aproximadamente 16% entre 2023 e 2028, segundo dados do Statista.
Essa expansão acelerada reflete o aumento de investimentos em soluções de reconhecimento facial, tanto por parte de governos quanto de empresas privadas. A adoção da biometria facial em eventos, por exemplo, tem crescido, tornando-se uma tecnologia central para agilizar processos e elevar a segurança dos participantes.
Festivais de música, conferências e grandes feiras, por exemplo, já utilizam reconhecimento facial para controle de acesso, aumentando rendimentos financeiros por uma autenticação rápida e segura. Essa tecnologia também permite uma personalização avançada da experiência do visitante, ajudando organizadores a oferecer interações customizadas e a monitorar o fluxo em tempo real.
Um exemplo é o Capture Fans da Bypass, um produto voltado para o Marketing esportivo, permitindo que marcas e patrocinadores interajam com torcedores em tempo real, dentro e fora dos estádios.
“A plataforma usa dados gerados por milhões de torcedores cadastrados, oferecendo uma segmentação precisa e ações de Marketing personalizadas, seja antes, durante ou após o jogo. A ferramenta transforma momentos importantes, como gols, em oportunidades de ativação, permitindo que marcas enviem ofertas e campanhas diretamente aos smartphones dos torcedores no estádio”, contou Ricardo Cadar, CEO da Bypass.
Experiência dinâmica
Ao conseguir atingir o consumidor no momento oportuno, as empresas criam um engajamento imediato e emocional, aumentando significativamente as chances de conversão. Um exemplo são as campanhas de casas de apostas que enviam odds especiais no momento de um gol ou uma jogada importante.
Por meio de disparos de mensagens via WhatsApp ou SMS, a empresa permite que as marcas entreguem campanhas segmentadas em tempo real, com links clicáveis, carrosseis e banners. Essas ações são metrificadas, o que garante uma visão clara das conversões e do impacto das campanhas. Além disso, o sistema pode personalizar catracas e displays de biometria facial, criando uma experiência imersiva e única para os torcedores e ampliando a visibilidade das marcas.
O modelo já está presente em grandes arenas como o Maracanã, Allianz Parque, Arena Fonte Nova, entre outras, com negociações em andamento com os principais clubes do Brasil. “Essa tecnologia está mudando o modo como o Marketing esportivo é feito, oferecendo uma nova forma de interação, totalmente digital e com resultados mensuráveis em tempo real”, apontou o CEO da Bepass.
Ricardo aponta que, diferente de outros países, o Brasil tem menos barreiras regulatórias, o que permite uma adoção mais rápida e ampla da tecnologia. “Muitos países têm restrições devido ao desconhecimento dos benefícios que a biometria pode trazer. No Brasil, a Bypass se tornou pioneira ao aplicar a biometria em grandes eventos, como futebol, festivais de Barretos e Jaguariúna. Acredito que estamos apenas no início dessa jornada, com muito potencial pela frente, considerando o tamanho e a relevância do mercado brasileiro", afirmou em entrevista ao Mundo do Marketing.
Amadurecimento do mercado
A biometria facial reduz o risco de fraudes, permite um atendimento mais eficiente, melhora a experiência do público, reduz filas e gargalos em eventos, ou seja, tem a receita completa para ser incluída em diversos lugares – muito além do entretenimento. Então, o que ainda freia a adesão por parte das empresas? A preocupação com a privacidade e regulamentações, que também está moldando esse mercado.
Regulamentos como o GDPR na Europa e a LGPD no Brasil impõem restrições ao uso e armazenamento de dados biométricos, levando as empresas a desenvolver sistemas de reconhecimento facial mais seguros e transparentes. Isso pode representar desafios para a expansão do mercado, mas também oferece oportunidades para novas soluções que priorizem a privacidade e a proteção de dados.
"Os setores que mais adotam a biometria facial hoje são, principalmente, o mercado de condomínios residenciais e comerciais , que migraram da biometria digital para a facial após a pandemia, buscando maior segurança e conveniência. Outra área com grande adoção é o mercado financeiro, onde os bancos utilizam biometria facial para transações e abertura de contas digitais, inovamos ao introduzir a biometria facial em estádios e grandes eventos , trazendo um novo padrão de segurança e experiência de acesso", explicou Ricardo Cadar.
Hoje, espera-se que setores como o de pagamentos digitais e controle de acesso representem a maior parte desse mercado em termos de aplicação, com a biometria facial projetada para se tornar um dos métodos de autenticação preferidos, substituindo senhas e métodos tradicionais de identificação nos próximos anos.
"O uso seguro da biometria facial depende da transparência e da responsabilidade das empresas envolvidas. No caso da Bepass, seguimos um cumprimento rigoroso, sendo auditados regularmente e garantindo a proteção dos dados dos usuários. A confiança no uso da biometria facial depende de empresas idôneas que respeitam a privacidade dos dados e seguem todas as regulamentações", concluiu Ricardo.
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