A Amazon atravessa um dos momentos mais expansivos de sua operação no Brasil, marcada pela combinação de crescimento operacional, aportes bilionários e uma malha logística em aceleração. O movimento ganhou força no último trimestre, quando a companhia contratou mais de 13 mil trabalhadores temporários para sustentar um ciclo de entregas projetado para ser o mais rápido já realizado pela empresa em uma Black Friday no país.
As posições distribuídas por todos os estados abrangem funções de estoque, conferência de encomendas, separação de mercadorias, emissões fiscais e manutenção de equipamentos. O reforço atende ao aumento sazonal, mas também compõe a política de formação de mão de obra que a empresa desenvolve no país, com possibilidades de efetivação e programas de capacitação voltados à operação tecnológica das unidades.
A ampliação de pessoal ocorre no mesmo momento em que o Brasil assume papel central no plano de expansão global da companhia. Em 2025, a empresa acrescentou mais de 100 centros logísticos à sua rede nacional, incrementando a capacidade de armazenamento, padronizando prazos mais curtos em todas as regiões e ampliando o alcance da infraestrutura que sustenta o avanço do comércio eletrônico.
Essa expansão acompanha um ciclo consistente de investimentos. Em 2024, mais de R$ 13,6 bilhões foram aplicados no país, consolidando uma década que já somou mais de R$ 55 bilhões em frentes como tecnologia, serviços de nuvem, infraestrutura física, formação de profissionais e geração de empregos. O fortalecimento dessa base se reflete no crescimento acelerado do portfólio: de 1 milhão para 180 milhões de itens em seis anos, com 30 milhões adicionados apenas em 2025, incluindo produtos internacionais a preços mais competitivos.
Automação, tecnologia e inteligência artificial têm sustentado a velocidade desse processo. O uso intensificado de IA acelerou a implementação de centros logísticos, elevou a eficiência operacional e ampliou o escopo de produtos disponíveis. A evolução da infraestrutura também coincidiu com a ampliação do quadro profissional, que passou de 18 mil para 36 mil trabalhadores diretos e indiretos entre 2024 e 2025.
A estratégia para vendedores parceiros reforça esse ecossistema. A companhia reduziu taxas logísticas, ofereceu o Fulfillment by Amazon sem cobrança até dezembro e ajustou custos de serviços como Delivery By Amazon e FBA Onsite. A medida busca ampliar margens dos empreendedores, reduzir barreiras operacionais e facilitar o alcance de clientes em outras regiões. Hoje, mais de 100 mil vendedores utilizam o marketplace no país, e 78% das vendas ocorrem para estados diferentes daqueles onde os negócios têm sede.
Segundo Juliana Sztrajman, presidente da Amazon Brasil, o movimento integra um plano de longo prazo baseado em inovação e adaptação às características locais. Para Fabiano Arroyo, líder de Recursos Humanos das operações da empresa, a rede logística nacional tornou-se ponto de entrada para profissionais que passam a atuar com tecnologias avançadas e encontram perspectiva de crescimento na estrutura.
Leia também: Do Brasil para o mundo: Amazon consolida indústria criativa brasileira como potência global
COMPARTILHAR ESSE POST
