Iniciada a semana da Black Friday, a YouGov divulgou estimativas que contribuem para a construção de um panorama preditivo sobre a data. Números obtidos pela empresa por meio de pesquisa on-line indicam que a próxima sexta-feira (24) irá, como esperado, movimentar o comércio nacional: neste ano 64,3% dos brasileiros adultos planejam participar da ocasião.
A grande movimentação de consumidores pode ser explicada pela boa reputação da Black Friday entre os brasileiros, sobretudo em termos de confiança. Neste recorte, o levantamento revela que apenas um quinto dos entrevistados acreditam que o evento não oferece descontos reais aos consumidores. Por outro lado, 37,4% consideram a ocasião como a melhor época de pechinchas do ano.
Embora a prevista adesão seja positiva, os respondentes não deixaram de expressar reclamações e insatisfações colecionadas ao longo de participações em edições anteriores da Black Friday. Dados do estudo apontam que 26,2% dos consumidores visitaram lojas físicas lotadas e desconfortáveis durante a data - problema eleito o mais incômodo pelos entrevistados.
Para outros 25%, a raiz da insatisfação nasce na tentativa de comprar um produto anunciado mas indisponível em estoque, seja parcialmente - falta da versão do produto com as características buscadas pelo consumidor - ou integralmente. 20% dos respondentes apontaram o fato de que as lojas (tanto on-line quanto físicas) estavam tão lotadas que não conseguiram concluir a compra, enquanto 13,4% reclamaram de ter encontrado "condições ocultas" nos descontos que queriam usar para comprar.
O que dizem os números?
Analisando os dados da pesquisa, David Eastman, diretor-geral e comercial da YouGov na América Latina, avalia que os brasileiros que mais relatam ter enfrentado problemas durante a Black Friday são aqueles que acreditam que há descontos genuínos nessa campanha, embora não sejam os melhores do ano.
Um percentual de 9,1% desses consumidores afirmam já ter tido problemas para pagar (foram cobrados em dobro ou o preço não correspondia ao anunciado), em comparação com os 6,6% que compõem a média. 28,7% desses consumidores também enfrentaram a indisponibilidade do produto, um incômodo estatisticamente mais frequente do que o do comprador médio (24,6%).
Segundo o diretor-geral, jovens de 18 a 24 anos têm maior probabilidade de dizer que foram cobrados mais de uma vez ou encontraram o valor errado ao participar do evento. Por outro lado, os adultos com idade entre 45 e 54 anos são estatisticamente mais propensos a reclamar de lojas físicas lotadas ou de condições ocultas em descontos e promoções.
Já os consumidores com mais de 55 anos parecem ter tido as melhores experiências com a campanha: aproximadamente metade desta amostra relata não ter tido problemas com nenhuma das questões analisadas pelas pesquisas. Curiosamente, a pesquisa destaca que esta faixa etária representa o grupo mais cético em relação à autenticidade da Black Friday.
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