Após dois anos em que nos vimos num cenário de pandemia, a Copa do Mundo chegou. Para os aficionados de plantão, que estão há quatro anos esperando pelo evento, é muita emoção!
E é sobre “emoção” que quero tratar aqui. O sentimento represado pelo torcedor se torna uma bala de canhão quando trazemos o universo do marketing digital para a análise. A Copa do Mundo é a oportunidade de ouro para as marcas que desejam alcançar ou aumentar seu público-alvo.
E, este ano, o varejo online será turbinado também pela proximidade da Black Friday e do Natal, impulsionando ainda mais o desejo de compra. O “super novembro”, como está sendo chamado pelos anunciantes, está provocando um verdadeiro campeonato entre as marcas no ambiente digital.
Portanto, entender o perfil dos consumidores nesse momento é crucial, pois, naturalmente intensificado pela paixão pelo esporte, o engajamento é muito peculiar. O desafio de coordenar esse sentimento nacional e impulsionar os torcedores a satisfazerem seus desejos de consumo é o ‘x’ da questão para os estrategistas do marketing digital.
As audiências segmentadas são capazes de destrinchar o perfil do consumidor
De acordo com o estudo do Data Stories da Kantar IBOPE Media, "Marcas em campo! O futebol e a mídia dentro e fora das 4 linhas" (edição de maio de 2022), 68% dos brasileiros conectados são fãs de futebol, sendo, a cada 10 admiradores, 4 são mulheres. O estudo mostra, ainda, que os fãs do esporte estão acima da média nacional quando o assunto é utilização da internet para planejar suas compras, com 54% usando a ferramenta frequentemente para esse fim, ante 45% da média nacional.
Investir em campanhas digitais demanda cada vez mais assertividade. E se tem algo que as tecnologias nos permitem é segmentar nossas audiências cada vez mais, a fim de que a mensagem chegue à pessoa certa e no momento em que o desejo de compra está em seu ponto máximo. Algo que só é possível quando temos os dados coletados e segmentados em nossas bases e sabemos como operá-los com maestria.
O marketing de dados traz mais assertividade para as campanhas online
Trazer os dados para a estratégia de mídia é essencial para entender o consumidor, seja o fanático por jogos ou o mais tranquilo, pois, de forma geral, as pessoas são impactadas pela onda emocional que transborda nesse período, promovendo encontros de todos os tipos, entre amigos e familiares, em suas casas, escritórios, bares e restaurantes, enfim, onde possibilite a reunião de torcedores em torno de um único propósito: a paixão pelo Brasil.
O comportamento movido pela paixão é um grande propulsor para a quebra de paradigmas do consumidor, potencializando os leads e as vendas de diversos produtos, desde bebidas e alimentos, até artigos tecnológicos, como smart TVs e eletrônicos em geral. As segmentações também refletem novos formatos de interação entre usuários, marcas e times, trazendo interessados em aplicativos de apostas de futebol e streamings que transmitirão a Copa do Mundo.
O engajamento do público nas redes sociais extrapola qualquer outro período ou data do varejo. Nesse momento, as marcas devem trazer os dados segmentados para a estratégia de mídia, utilizando as informações para além do canal direto das marcas. Dentre as oportunidades, é possível encontrar usuários com interesses nos patrocinadores, tanto do torneio quanto das principais seleções da América Latina.
Entender o consumidor quando ele não está conectado com a marca diretamente, o que faz quando está no barzinho ou assistindo a um jogo de futebol é o maior desafio, e também a grande oportunidade, pois, na comunicação direta com as marcas, a pessoa recebe informações dos concorrentes também. Assim, os dados segmentados ajudam a diminuir a dispersão, gerando mais assertividade para as campanhas.
Quando se aplicam os dados à estratégia, o anunciante tem informações como, por exemplo: afinidades, interesses, nível de intenção de compra, tipos de aplicativos instalados pelo usuário, e tantos outros que, combinados, dão munição para que a comunicação estratégica da marca, de fato, encontre seu público correto. O nível de detalhamento do perfil de consumidores possibilita maior clareza sobre quem o anúncio deve impactar, evitando desperdício e rejeição aleatória a uma marca por ter atingido o público errado.
No caso das mulheres, por exemplo, esse nicho representa uma grande oportunidade para as marcas, especialmente de produtos femininos, que podem explorar esse infinito universo tão pouco trabalhado durante a realização da Copa do Mundo.
Nesse contexto, trabalhar o awareness das marcas é tão importante para construir a relação com o consumidor, como focar também nas etapas de consideração e conversão. O desafio dos anunciantes nesta Copa do Catar é estar mais próximo do consumidor final, alcançando seu público-alvo onde quer que ele esteja no meio digital. A criatividade será testada antes, durante e depois do torneio, e encantar e emocionar os admiradores do “estado da arte” do futebol será mandatório. Os dados das apostas já estão rolando. Resta saber quais dados a sua empresa irá escolher para ser a campeã.
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