A reputação é vista como um ativo estratégico fundamental para o sucesso das organizações. Prova disso é que a gestão estratégica da imagem corporativa é vista como uma atividade crucial por 84% dos líderes entrevistados pela Knewin na pesquisa "O Panorama da Gestão de Reputação Empresarial no Brasil em 2025".
Por outro lado, 88% das organizações representadas no levantamento não se consideram plenamente preparadas para lidar com crises de reputação. O índice acende um sinal de alerta quanto à vulnerabilidade das empresas brasileiras em um ambiente cada vez mais conectado, propício a crises repentinas e devastadoras.

A integração da gestão de reputação com outras áreas das empresas é um dos principais obstáculos neste sentido: 41% dos entrevistados admitem não ter uma integração formal entre a gestão da reputação e outras áreas operacionais e reconhecem que a falha dificulta a construção de uma estratégia coesa e eficaz de proteção.
Embora 44% das empresas acreditem que o ROI das iniciativas seja positivo, 22,7% ainda não conseguem mensurar o impacto financeiro. Problemas com a mensura de retornos podem dificultar a justificativa dos investimentos em gestão de reputação e a alocação apropriada de recursos para essa área.
Caminhos e tendências
A tecnologia surge como uma forte aliada para os líderes empresariais: 29,6% dos entrevistados planejam implementar soluções baseadas em inteligência artificial para aprimorar o potencial de análise de dados em suas estratégias de gestão de reputação. O investimento visa corrigir problemas de mensuração, identificar tendências com antecedência e antecipar riscos antes que eles se transformem em um problema.
Pautas de ESG também despontam como temas centrais no escopo de tendências essenciais para a manutenção da reputação, com 20,1% dos respondentes apontando a sustentabilidade como um fator imperativo para a construção de gestões seguras. Compromissos com a responsabilidade social também foram mencionados pelos entrevistados.

A plena integração da gestão de reputação com a estratégia de negócios ganha destaque, com 19,2% dos participantes reconhecendo sua importância. As empresas estão percebendo que a reputação não é um ativo isolado, mas sim um elemento fundamental da estratégia de negócios.
Para Tatiana Maia Lins, fundadora da Makemake Reputação, a falta de integração da gestão da reputação, a baixa preparação para crises e o uso reduzido de pesquisas de percepção e mensuração de resultados mostram o longo caminho a ser percorrido, mas o amadurecimento das discussões sobre reputação no Brasil deve ser acelerado à medida que desafios e tendências são identificadas.
Leia também: Reputação é o novo capital: imagem de fundadores e marcas influencia investidores
COMPARTILHAR ESSE POST