A reputação é um dos maiores ativos para startups e negócios de inovação em busca de investimentos no Brasil. A "2ª Pesquisa Nacional Sobre o Impacto das Relações Públicas no Mercado de Inovação - a visão do investidor", da Motim, mostra que, em um mercado mais competitivo e exigente, a imagem pública dos fundadores e a clareza no posicionamento da marca são fatores decisivos para atrair capital.
De acordo com o levantamento, que ouviu 50 investidores e decisores em venture capital, corporate venture capital e private equity, 91% dos entrevistados afirmaram que a reputação dos fundadores é mais do que um diferencial – ela é uma necessidade estratégica para a decisão de aporte.
Esse dado aponta um novo paradigma: em um cenário de inovação e disrupção, os investidores estão cada vez mais atentos à imagem pública e ao histórico de quem está à frente das startups. E para 36% dos investidores, a história e o posicionamento dos fundadores são os principais atributos ao considerar onde alocar seus recursos.
Silas Colombo, fundador e COO da Motim, enfatizou que "não basta inovar, é preciso comunicar o diferencial de forma autêntica e consistente." Segundo ele, comunicar a proposta de valor vai além de simplesmente ter clareza no discurso. “É necessário transmitir esse posicionamento em todos os pontos de contato da marca, desde o site institucional e redes sociais até eventos e entrevistas na mídia”, explica.
A pesquisa mostrou ainda que o uso estratégico de relações públicas e uma presença de marca integrada impactam diretamente a captação financeira: quatro em cada cinco investidores consideram que a reputação de uma marca já deve estar bem estruturada nas primeiras rodadas de investimento.
Outro dado interessante é que, para 55% dos investidores, a clareza no posicionamento de marca e na proposta de valor é o principal atributo buscado em uma empresa que quer captar recursos. E, ainda, 77% dos investidores valorizam a presença de fundadores e porta-vozes em eventos, palestras e debates como um forte indicador de credibilidade e capacidade de engajamento com o mercado.
Comunicação Consistente
O estudo destaca que a era de investimentos com base em apresentações superficiais acabou. Para o executivo da Motim, a fase chamada de "inverno das startups", entre 2022 e 2023, consolidou essa mudança. "O cenário agora exige mais que ideias. Resultados concretos e uma narrativa convincente são essenciais para encantar investidores que têm, cada vez mais, padrões altos para alocação de capital", comentou Colombo.
Com a retomada da competitividade e a exigência por reputação, a Motim prevê que as startups que se destacarem em um mercado repleto de boas ideias serão aquelas que conseguirem construir, comunicar e manter uma reputação sólida. Como Colombo conclui, “quanto mais estratégicos e consistentes são os esforços de comunicação, melhores são os resultados e mais duradouros os efeitos”.
Leia também: Branding: cinco dicas para construir uma marca de sucesso
COMPARTILHAR ESSE POST