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70% dos brasileiros confiam no veredito das comunidades digitais

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Tempo de Leitura 5 min

DATA

25 de nov. de 2025

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Notícias

O avanço das comunidades digitais deixou de ser um movimento paralelo ao mercado de influência para se tornar seu motor central. A métrica, agora, é o pertencimento e tudo o que deriva das relações de confiança que criadores, consumidores e marcas conseguem estabelecer em grupos altamente conectados.

Este foi o centro do debate no webinar "Comunidades Digitais e como elas estão redefinindo o papel dos criadores, transformando engajamento em pertencimento"

promovido pela Spark em parceria com a YouPix e a Human Data.

O consumo cultural, as decisões financeiras, as escolhas de lifestyle e até rituais sociais passaram a funcionar como engrenagens de grupos organizados por interesses, dores e afinidades. O comportamento coletivo, neste contexto, tornou-se mais determinante do que qualquer racional de mídia tradicional.

Este panorama ajuda a entender números já consolidados no mercado: 70% dos brasileiros seguem influenciadores e confiam mais em recomendações de comunidades do que em anúncios formais. Já a intenção de compra cresce de forma consistente quando o consumidor percebe que a indicação nasce de alguém que vive a mesma realidade. 

Antes de procurar uma marca, o público busca alguém que compartilhe seu cotidiano. Comunidades digitais não funcionam como extensões das estratégias de comunicação, mas como ambientes vivos, dotados de cultura própria. São espaços onde o pertencimento se manifesta como sentimento coletivo, e criadores se tornam mediadores desse sentimento. 

O engajamento que nasce ali não é resposta a estímulos, mas expressão de uma convivência. A consequência para o mercado é profunda. O modelo de influência baseado em repetição de mensagem perde força, dando espaço a um modelo que valoriza profundidade da relação, densidade da conversa e consistência no tempo.


A erosão da autoridade tradicional e o valor da conversa espontânea

A autoridade cultural foi redistribuída e assumida por comunidades formadas por pessoas que compartilham vivências em comum. Profissionais, fãs, mães, motoristas, praticantes de nichos esportivos e consumidores recorrentes podem ser mais influentes do que celebridades quando o assunto é tomada de decisão.

O que se repete nesses casos é a força da espontaneidade. A decisão não é movida pela estética ou pela narrativa publicitária, mas pela sensação de verdade. Criadores que expõem limites e falhas de um produto tendem a ter um impacto mais duradouro do que perfis célebres, comumente descolados da realidade do público. 

Eles entregam impacto porque compartilham avaliações completas, incluindo críticas, e porque suas audiências reconhecem a coerência entre o discurso e a prática. A confiança nasce desse alinhamento e não pode ser fabricada por marcas que tentam replicar comportamentos comunitários sem fazer parte deles.

“Quando querem comprar um carro elétrico, as pessoas conversam com membros de comunidades, grupos formados por especialistas no assunto ou proprietários destes veículos antes de tomar uma decisão. No meu caso, os maiores influenciadores foram os motoristas de Uber. Porque se eles andam 300 mil quilômetros com um carro elétrico, sabem dizer  de forma espontânea quais são os problemas a longo prazo, o que evitar e o que fazer”, pondera Fernando Covac, Fundador da Human Data e participante do debate.

A importância dos dados

A leitura estratégica de dados transformou a descoberta de comunidades em uma ciência capaz de mostrar potenciais de engajamento 265% acima da média nacional, como o identificado na conexão entre serviços de streaming e diferentes núcleos familiares, como o exemplo estabelecido pela Netflix no Brasil.

Esse rigor analítico é vital em um mercado onde 70% dos brasileiros confiam em recomendações de comunidades, permitindo às marcas enxergar além do óbvio e validar autoridades improváveis. Afinal, a confiança não vem apenas do influenciador de vitrine, mas de fontes que oferecem dados reais – como o motorista de aplicativo que comprova a eficiência de um veículo elétrico após rodar 300 mil quilômetros preservando a vida útil da bateria. 

Essa busca por autenticidade e granularidade impulsionou uma mudança tática mensurável, com as marcas registrando um crescimento de 102% na ativação de micro-influenciadores em relação ao ano anterior (2023), segmento que hoje representa 50% das bases ativadas em campanhas movidas pela Spark. 

Ao priorizar esses dados, as empresas deixam de perseguir apenas métricas de vaidade para encontrar o retorno financeiro real (LTV e ROE) em nichos que, sem essa lupa analítica, permaneceriam invisíveis.

“O que sempre abordamos dentro do nosso processo de decisão de dados é entender quais comunidades têm afinidade com a marca. Assim, conseguimos descobrir micro comunidades, e os micros são muito importantes nestes ambientes. Muitas vezes a estratégia de conversar com comunidades vem dentro de uma curadoria de influências que falam com comunidades diferentes”, pontua Covac.


A entrada das marcas: participar sem invadir

De modo geral, as marcas ainda têm dificuldade em abrir mão do controle absoluto. A publicidade se estruturou historicamente em mensagens rígidas e controle absoluto, enquanto comunidades operam com fluidez, improviso e espontaneidade. Qualquer tentativa de domesticar esse ambiente costuma fracassar.

Neste contexto, a abordagem extrativista adotada por algumas marcas é apontada como um risco crescente. Programas que oferecem brindes em troca de conteúdo, pressionam por performance ou tratam creators como produtores gratuitos já não encontram espaço, podem desgastar comunidades e deixar criadores indispostos, prontos para abandonar o programa ou criticar publicamente a iniciativa.

“Em vez de construir uma comunidade de apaixonados, seguindo o plano original, a marca ganha uma potencial comunidade de haters, prontos para odiá-la. Este é o outro lado da moeda, que costuma ser virada pela própria marca”, pontua Rafaela Lotto, CEO da YouPix e participante do Webinar.

Outro ponto recorrente é a necessidade de tratar criadores como parceiros, não como mídia contratada. Programas de afiliação bem estruturados foram citados como referência por oferecerem progressão de ganhos, reconhecimento e suporte. Eles funcionam porque consideram o criador como parte da engrenagem do negócio.

A visão oposta — a do conteúdo em troca de produto — é apontada como ineficaz e danosa. Quando só a marca ganha, o criador sai, levando também a confiança da comunidade que o acompanha.

Leia também: Comunidades: O caminho sustentável para as marcas

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Ian Cândido

Repórter

AUTOR

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