Enquanto as viagens corporativas retomam seu protagonismo na estratégia das empresas, um novo relatório da Delta Air Lines aponta os sete principais movimentos que estão redesenhando o setor globalmente. O estudo “Adapting to Change” identifica tendências que impactam desde a experiência do viajante até as políticas corporativas de custo, flexibilidade e sustentabilidade — áreas críticas para os profissionais de Marketing envolvidos na gestão de marcas, eventos e relacionamento com stakeholders.
Na análise da companhia aérea, viajar a trabalho deixou de ser um hábito rotineiro para se tornar uma ação estratégica, cada vez mais orientada por dados, expectativas digitais e ESG. “O papel das viagens na geração de negócios é mais relevante do que nunca, mas as exigências também cresceram”, afirma Mike Owen, VP de Desenvolvimento de Vendas da Delta.
A imprevisibilidade geopolítica, os custos ainda elevados e a pressão por eficiência mudaram o jogo. Reduzir gastos não significa cortar viagens, mas otimizar escolhas. A qualidade da malha aérea, a confiabilidade operacional, a conectividade digital a bordo e a estrutura de suporte ao viajante entram no cálculo de valor, indo além da tarifa.

É preciso ver tudo isso com olhar estratégico. É preciso alinhar áreas internas, reavaliar métricas de desempenho e garantir que cada viagem contribua para os objetivos corporativos. O relatório da Delta propõe um modelo de parceria em que o fornecedor se torna aliado na performance do negócio e não apenas um emissor de bilhetes.
Confira as 7 tendências listadas no estudo.
Viajantes querem experiências digitais, em tempo real
A jornada corporativa precisa ser fluida e hiperconectada. Hoje, 90% dos passageiros esperam poder acessar informações e suporte pelo celular, segundo dados da IATA. A Delta aposta em soluções como o aplicativo Fly Delta, Wi-Fi gratuito em 880 aeronaves e ferramentas como o Digital ID, que permite passar pelo TSA sem documentos físicos.
Agilidade e comodidade são prioridade
Experiências sem atrito estão no topo das demandas. Isso inclui embarque prioritário, acesso a lounges e serviços personalizados. Para as empresas, significa poder contar com uma estrutura de atendimento integrada e contratos simplificados, especialmente em parcerias com companhias como Air France, KLM, LATAM e Virgin Atlantic.
Comunicação integrada e proativa
Com 32% dos viajantes querendo todas as informações em um só lugar, a comunicação precisa ser omnicanal. A Delta mostra exemplos de como aplica, ao investir em recursos como assistentes de IA, alertas em tempo real e painéis de voo em diversos idiomas, além de suporte exclusivo para gestores de viagens.

Novas dinâmicas de trabalho, novas razões para viajar
A ascensão do trabalho remoto e híbrido transformou a motivação das viagens. Eventos presenciais, reuniões estratégicas e fortalecimento de relacionamentos são agora os principais motores da mobilidade corporativa, o que exige planejamento mais intencional e mensuração de ROI.
Viagens sustentáveis deixam de ser diferencial para virar exigência
A sustentabilidade já influencia decisões de compra e escolha de fornecedores. Por isso, a Delta tem acelerado o uso de SAF (combustível sustentável), adotado práticas de baixo impacto ambiental a bordo e oferecido relatórios personalizados para empresas que queiram mensurar sua pegada de carbono.

Flexibilidade é a chave em um mundo imprevisível
Geopolítica, clima e outros fatores imprevisíveis exigem resiliência. Políticas flexíveis, remarcações ágeis e uma malha global com parceiros estratégicos são fundamentais para evitar prejuízos operacionais e manter a confiança dos colaboradores.
Preço importa, mas valor pesa mais
Com a inflação ainda acima dos níveis pré-pandemia, o custo das viagens segue como desafio. No entanto, 52% dos compradores preveem aumento nos orçamentos em 2025. A avaliação passa a considerar não apenas o preço, mas o valor agregado em serviços, conectividade, programas de fidelidade e infraestrutura de aeroportos.
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