O mercado de autoatendimento está passando por uma transformação acelerada, com inovações tecnológicas que prometem redefinir a experiência de compra nos próximos anos. De acordo com o relatório "Global Self Service Technology Market Size, Forecast 2023-2033", o setor deve registrar uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 8,3%, alcançando o impressionante valor de USD 80,4 bilhões até 2033.
No Brasil, essa evolução está sendo acompanhada de perto por startups, que buscam desenvolver soluções para atender a nova demanda. Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha, especializada em tecnologia para minimercados autônomos, destaca que 2025 será um marco para o avanço do autoatendimento, com foco em inteligência artificial (IA), personalização e a busca por uma experiência de compra sem fricção.
“Estamos vendo uma convergência de tecnologias que não apenas tornam o processo mais eficiente, mas também mais acessível. Soluções como programas de fidelidade, cashback e o uso de câmeras e sensores inteligentes estão cada vez mais otimizados e com custos reduzidos”, afirma Mauri.
Para o executivo, o mercado de autoatendimento no Brasil ainda tem muito a evoluir, mas já demonstra grande potencial. “O caminho é adaptar soluções globais às particularidades do nosso contexto econômico e cultural. Empresas que combinarem eficiência, acessibilidade e segurança estarão um passo à frente”, conclui.
Veja as três tendências em autoatendimento para 2025:
Inteligência Artificial (IA): o motor da eficiência
A integração da IA no varejo ainda é incipiente no Brasil, mas as perspectivas são promissoras. Segundo uma pesquisa sobre IA no setor, apenas 53% dos varejistas utilizam essa tecnologia atualmente, enquanto 84% dos que já a adotaram reportam maior eficiência operacional. Além disso, 39% notaram um aumento na satisfação do cliente e 36% observaram crescimento nas vendas.
Mauri acredita que a IA será essencial para aprimorar o autoatendimento. “Tecnologias como identificação de produtos por câmeras, autenticação inteligente e até a automação da abertura de lojas serão comuns. Esses recursos não só aumentam a segurança e agilidade, mas também melhoram a experiência tanto para o cliente quanto para o operador”, explica.
Além disso, ele destaca que a IA será capaz de analisar hábitos de compra, oferecer promoções personalizadas e otimizar o layout das lojas para facilitar a navegação.
Personalização: atendimento sob medida
A personalização no varejo é uma demanda crescente, como apontam dados da Salesforce, que revelam que 73% dos consumidores esperam uma abordagem mais customizada à medida que a tecnologia avança. Para atender a essa expectativa, softwares de análise de dados desempenham um papel fundamental ao capturar e organizar informações sobre preferências e comportamentos dos clientes.
“Compreender o perfil do consumidor permitirá criar ofertas e promoções mais assertivas. Essa personalização será um diferencial importante para fidelizar clientes em um mercado cada vez mais competitivo”, comenta Mauri.
Compra sem fricção: simplificando a experiência
Uma das barreiras para a popularização do autoatendimento é a complexidade de alguns sistemas. Modelos tradicionais baseados em plataformas menos intuitivas, como o Windows, enfrentam críticas por exigir muitos passos para concluir uma compra e por apresentarem erros frequentes. “Os sistemas precisam ser mais amigáveis e eficientes. Isso é ainda mais crucial em lojas autônomas, onde não há atendentes para auxiliar o cliente”, ressalta Mauri.
Nesse contexto, a Minha Quitandinha desenvolveu o QPay, uma solução sob medida para melhorar a jornada de compra e venda em lojas autônomas. “Criamos um sistema intuitivo, que reduz a fricção e melhora significativamente a experiência do consumidor”, acrescenta.
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