A transição entre 2023 e 2024 será lenta para alguns setores do varejo. Segmentos como livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,0%), veículos, motos, partes e peças (-3,6%), hipermercados e supermercados (-0,2%), e móveis e eletrodomésticos (-1,4%) devem mostrar desempenho negativo no início do ano que vem, conforme aponta um monitoramento realizado pela FIBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já as vendas do varejo restrito, que exclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, devem recuar 0,6%, de acordo com indicador IBEVAR – FIA Business School. O relatório projeta, também, uma pequena expansão no varejo ampliado (que considera todos os segmentos) que não deverá ser superior a 0,2%.
Seguindo o rol de crescimentos, os levantamentos apontam para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos (1,6%), material de construção (0,5%) e tecidos e vestuário (1,6%). Mesmo assim, considerando todos os setores, as projeções indicam expansões para menos de 30% do número de segmentos nacionais.
Prof. Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, a raiz do problema está no fôlego de consumo reduzido, principalmente considerando as incertezas políticas que permeiam o cenário econômico, advindas tanto do âmbito interno, como o risco de manutenção das taxas de juros em patamares muito elevados, quanto do externo, ou seja, causas associadas a escalada de conflitos globais e suas consequências.
Leia também: Preocupações com as finanças levam 82% dos brasileiros a mudar hábitos de consumo
COMPARTILHAR ESSE POST