O mercado brasileiro de mídias sociais entra em 2025 mais estruturado, valorizado e impulsionado por tecnologia. Esse é o retrato apresentado pelo Panorama Agências e Profissionais de Mídias Sociais 2025, levantamento anual conduzido pela mLabs.
A edição 2025 mostra um avanço consistente no uso de ferramentas de Inteligência Artificial, que deixa de ser tendência e se estabelece como prática diária. O crescimento no uso de ferramentas de IA chega a 66% em comparação com 2024, e 83% dos profissionais afirmam utilizá-las de forma recorrente, superando pela primeira vez as plataformas tradicionais de gestão e criação.
A IA aparece principalmente na geração de ideias (84%), na roteirização de vídeos (63%), na redação de textos (79%) e na análise de dados (43%). O ChatGPT é a ferramenta mais presente na rotina, utilizada por 98% dos profissionais que adotam IA. Ainda assim, 17% relatam dificuldade em aplicar a tecnologia no trabalho cotidiano, o que aponta para uma necessidade crescente de capacitação.
Ainda no campo das ferramentas, plataformas voltadas à criação, gestão e automação têm amplo domínio. O Canva se mantém como a principal solução de design, utilizada por 85% dos entrevistados. O CapCut segue em crescimento e já aparece na rotina de 79%, refletindo a força do vídeo curto. Para organização e gestão de tarefas, o Trello segue como a ferramenta mais usada, enquanto o Notion dobra sua participação e alcança 28% dos profissionais, acompanhando a procura por ambientes mais colaborativos.
Valorização de profissionais e agências
A maturidade do mercado privilegia a consolidação da carreira dos profissionais inseridos nele. 65% dos entrevistados têm mais de três anos de experiência, enquanto 32% ultrapassam seis anos. Entre as agências, 48% estão em atividade há mais de três anos, e 21% já superam dez anos de operação, sinalizando estabilidade e amadurecimento do setor.
O cenário de valorização também aparece de forma mais clara. O número de profissionais que recebem acima de R$4 mil mensais dobrou em relação ao ano passado, ao mesmo tempo em que a faixa de remuneração abaixo de R$1 mil recuou 32%. Na mesma toada, agências especializadas em um único segmento apresentam 40% mais chances de alcançar faturamento mensal superior a R$100 mil, um indicativo direto do impacto da especialização no desempenho financeiro.
A pesquisa também aponta diferenças salariais entre profissionais e lideranças. Entre líderes de Marketing em empresas, um em cada três recebe acima de R$7.511,00 por mês. Nas agências, essa proporção é de um em cada cinco. A disparidade está relacionada à ampliação das responsabilidades estratégicas e à busca por profissionais capazes de integrar visão de negócio, dados e criatividade.
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