2024 promete uma rápida intensificação no uso da tecnologia no cotidiano. O movimento será impulsionado principalmente pelas ferramentas de Inteligência Artificial, que já fazem parte de vestíveis como os óculos Meta + Ray-Ban, Apple Vision Pro e outros equipamentos que deverão chegar ao mercado para consolidar a IA como uma assistente para tarefas corriqueiras como compras e outras banalidades do dia-a-dia.
Para Eduardo Bremer, especialista de social media da agência full service Adtail, o cenário exige a preparação dos players envolvidos em levar aos consumidores o melhor dos universos proporcionados pela IA. Ele ressalta que parcerias estratégicas e novas tecnologias são fundamentais para a criação de experiências cada vez mais fluídas em todas as etapas da jornada de compra, desde o primeiro impacto até a conversão e fidelização.
Pensando nisso, Bremer apontou duas tendências que indicam como a IA deverá transformar as mídias sociais neste ano.
Compras pelas redes sociaisEm 2024, todos os principais concorrentes no mercado de redes sociais apostarão em ferramentas sofisticadas e específicas para fomentar o social commerce. A lista de recursos inclui o Instagram Live Producer, o TikTok Shop e, em algum momento do ano, o lançamento de uma ferramenta própria do X (antigo Twitter) que terá por intuito promover a conexão entre criadores, marcas, consumidores e produtos.
A importância dada por grandes empresas à modalidade pode ser explicada pelos números. 74% dos centennials já utilizam a pesquisa através do TikTok e 51% dos entrevistados optam pelo TikTok ao invés do Google como mecanismo de busca primário, conforme apontam dados de uma pesquisa realizada pela Her Campus Media.
O grande diferencial das redes sociais em comparação aos clássicos mecanismos de pesquisa é a facilidade de consumo do conteúdo, podendo ser visto rapidamente em formato de vídeo ou carrossel, que geralmente trabalham atrativos visuais que facilitam uma interação mais breve, diferentemente de blogs e outros formatos.
Social listening e ESG
Para escutar os consumidores, é preciso estar no mesmo lugar em que eles estão. Ao monitorar atentamente as interações e feedbacks dos usuários nas redes sociais, as empresas podem ajustar suas estratégias de Marketing, desenvolver produtos mais alinhados às necessidades do público e antecipar tendências emergentes.
Além disso, o social listening no metaverso possibilita uma resposta rápida a mudanças nas percepções dos consumidores, construindo uma presença digital mais sólida e adaptável. Nesse sentido, o universo dos games vem se provando de grande valia. Marcas como Bradesco e O Boticário investiram nos férteis terrenos virtuais do Fornite para levar interações e experiências exclusivas aos jogadores.Práticas relacionadas a ESG (Environmental, Social and Governance) também terão um impacto crescente na interação entre marcas e consumidores nas redes sociais. Ao comunicar iniciativas sociais e ambientais, desde que o façam de forma autêntica, marcas podem aumentar o engajamento e compartilhar valores com seu público, aproximando-se das pessoas que se identificam com tais temáticas.
Para Bremer, tais práticas não apenas diferenciam as marcas, mas também respondem às expectativas de consumidores, especialmente das gerações mais jovens, que valorizam empresas com um propósito claro e comprometido com a sustentabilidade.
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