A importância estratégica do alinhamento de marcas e empresas às pautas sociais e ambientais já é bem conhecida. Recentemente, um relatório divulgado desenvolvido pelo IDV e realizado pela Mosaiclab apontou que os brasileiros consideram pagar valores de 5% a 20% mais altos do que o comum por produtos e serviços que realmente façam ações efetivas em ESG.
Nos últimos anos, as discussões sobre a importância de promover a igualdade de gênero têm ganhado a devida atenção. Mais conscientes sobre o assunto, as pessoas esperam que as marcas com as quais interagem também façam seu papel a favor desta causa. Por exemplo, 86% dos respondentes a um estudo realizado pela Bloomers acreditam que as marcas possuem papel importante ou muito importante no desenvolvimento das mulheres.
No decorrer da pesquisa, o público feminino foi maioria ao apontar que as marcas devem se preocupar com a oferta de oportunidades iguais de salário e carreira entre homens e mulheres (90% das mulheres e 74% dos homens) e devem atuar na oferta de soluções contra a violência, abuso e a favor da saúde mental para o público feminino (64% das mulheres e 48% dos homens).
A maior parte dos entrevistados também acredita que as marcas devem oferecer capacitação técnica e profissional para o desenvolvimento das mulheres (73% dos homens e 70% das mulheres). Para Ivan Scarpelli, sócio-fundador da Bloomers, estes anseios são oportunidades importantes para que negócios se conectem à sociedade para atender às suas demandas e desejos reais.
Scarpelli conclui ressaltando que, para gestores de marca e líderes de negócio, este é o momento ideal para pensar sobre as estratégias de contato com as pessoas e perceber se elas estão, de fato, alinhadas com as necessidades do público.
Ao apontar marcas que de fato representam o desenvolvimento feminino, os participantes da pesquisa apontaram a Natura em primeiro lugar (23%), Avon e Boticário (14% cada), Marisa (8%), Magalu e Dove (6% cada), Unilever (4%), Renner e C&A (3%). 20% dos entrevistados afirmaram não se lembrar de nenhuma marca que representa o desenvolvimento das mulheres.
Em relação à família, 45% das pessoas acreditam que as marcas podem facilitar relações familiares com suas propostas de valor e 63% disseram que as marcas têm a capacidade de minimizar uma eventual ausência de familiares. Curiosamente, 26% dos entrevistados não se lembram de nenhuma marca que represente a família brasileira. Na sequência, aparecem Coca-Cola (20%), Sadia e Natura (10% cada), Havan (9%), Nestlé (8%), Qualy (7%), Netflix e Havaianas (6% cada) e WhatsApp (5%).
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