Os professores lideram o ranking de confiança em diferentes profissões no Brasil. Por aqui, 58% dos entrevistados pela Ipsos durante a pesquisa Global Trustworthiness Index 2024 classificam os docentes como figuras confiáveis. Médicos (53%) e cientistas (52%) fecham o Top 3.
Por outro lado, os políticos estão no centro da desconfiança, e foram classificados como confiáveis por apenas 13% dos respondentes. Os ministros do governo vêm em seguida, com 58% de desconfiança e 16% de confiança. A polícia, por sua vez, apresenta uma percepção mista, com 36% de desconfiança e 30% de confiança.
A desconfiança também paira sobre os influenciadores digitais. 56% dos brasileiros desconfiam de influenciadores e apenas 16% confiam neles, deixando-os à frente apenas dos políticos como os menos confiáveis no país. A desconfiança é ainda mais acentuada entre os Baby Boomers, com 67% afirmando que não confiam em influenciadores.
Segundo Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil, os dados refletem a valorização de setores como saúde e educação no contexto local. A liderança dos professores no ranking destaca a importância atribuída ao ensino, enquanto médicos e cientistas reforçam a confiança em áreas essenciais para o bem-estar e o desenvolvimento social.
Outros recortes
Os atendentes de restaurantes e serviços de alimentação aparecem diretamente na quarta posição, sendo considerados confiáveis por 42% dos brasileiros. Já os motoristas de táxi, novidades do levantamento, geram opiniões divididas: 22% dos respondentes confiam nestes profissionais, enquanto 28% desconfiam.
Na média dos 32 países pesquisados, os médicos são os profissionais mais confiáveis pelo quarto ano consecutivo, com 58% das menções. Cientistas aparecem em segundo lugar, com 56%, e professores ocupam a terceira posição, com 54%.
Embora essas três categorias tenham destaque global, a pesquisa revelou diferenças culturais. Nos Estados Unidos, as Forças Armadas lideram o ranking com 55%, empatadas com os professores. Em Singapura, a polícia ocupa o topo, com 52%. Já no Japão e na Holanda, os juízes aparecem entre os três profissionais mais confiáveis.
Assim como no Brasil, globalmente os políticos ocupam a última posição no índice, com apenas 15% de confiança. Desde 2018, quando o índice foi criado, a classe política tem se mantido consistentemente entre as menos confiáveis. Apesar de uma ligeira melhora, com um aumento de 6 pontos percentuais nos últimos anos, políticos e ministros do governo continuam sendo vistos como pouco confiáveis pela população global.
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