O Largo da Batata, praça pública localizada em Pinheiros, na Capital Paulista, esteve muito perto de ter o nome oficialmente alterado para “Largo da Batata Ruffles” através de uma inusitada concessão dos naming rights do espaço à PepsiCo, dona da marca.
A Prefeitura de São Paulo suspendeu na última quinta-feira (12) um contrato sigiloso, estimado em R$ 1,1 milhão em serviços e equipamentos. O repasse concederia à PepsiCo. direitos para a exploração comercial do espaço por um período de dois anos.
Documentos oficiais apontam a conclusão do projeto para reconfigurar o parque através da instalação de elementos alinhados à estética de Ruffles, como bancos ondulados, um letreiro instagramável e uma horta reservada à plantação de batatas.
Em comunicado, a PepsiCo Brasil informou que a iniciativa não contempla a mudança do nome do Largo da Batata.
As medidas serviriam para cumprir parte do compromisso adquirido pela PepsiCo. em assumir o projeto de revitalização do local nos moldes do acordo. O contrato incluía, também, a instalação de um bicicletário, uma pista de skate e a reforma do parque infantil.
No entanto, as primeiras repercussões públicas sobre a possível colaboração despertaram o furor dos paulistanos. Nas redes sociais, protestos contra a privatização ganharam força e o coro de vereadores e deputados estaduais contrários à medida.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo declarou ter tornado “sem efeito o Termo de Doação Nº 06/SUB-PI/2024 objetivando a reanálise documental e tempo hábil para manifestação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) a respeito da proposta de parceria para o Largo da Batata".
Em nota enviada ao G1, a PepsiCo Brasil explicou que o termo de cooperação e doação não requer licitação ou consulta pública e que o acordo cumpria os trâmites legais. A empresa informou, também, que a iniciativa não contempla a mudança do nome do Largo da Batata.
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