Enquanto a cúpula do X trabalha para acertar a reativação do serviço no Brasil, os órfãos da plataforma recorrem a outras redes sociais para acompanhar os perrengues do mundo. Isso porque 76% dos antigos usuários entrevistados em uma pesquisa realizada pela Broadminded disseram que as notícias chegavam mais rápido no ex-Twitter, que cumpria uma função diária de atualização factual para 68%.
Além do caráter informativo, a suspensão parece ter surtido efeitos em cenários analíticos mais específicos, como o Marketing. 28% dos entrevistados disseram que a queda do X impactou diretamente nas ações, campanhas e estratégias comerciais de conteúdo, engajamento e alcance. Em função disso, 9% disseram se sentir mais distantes de seus clientes.
Cabe ressaltar que, antes da suspensão, o Brasil estava na lista dos Top 10 países que mais utilizavam a plataforma globalmente. Neste panorama, após a queda, 56% dos respondentes disseram que não migraram para outra plataforma, apenas continuam usando as que já possuíam. 22% migraram para o Threads, enquanto 15% optaram pelo Bluesky, alternativas diretas ao modelo consolidado pelo X.
Se o X voltar
Consultados sobre o que deveria mudar no eventual retorno do X, 72% dos disseram que a plataforma precisa adotar medidas eficazes para evitar discursos de ódio, enquanto 82% acreditam que as redes sociais – inclusive o X – deveriam se responsabilizar no combate à disseminação de fake news.
Antes da suspensão, cerca de um em cada cinco (19%) usuários da plataforma disseram ter reduzido ou abandonado o uso devido ao aumento de conteúdos desagradáveis. A pesquisa aponta, também, que 34% dos brasileiros entrevistados relataram melhora na saúde mental após o bloqueio da rede social, com quase um quarto (24%) dos respondentes afirmando que não voltarão a usar a plataforma caso a suspensão acabe.
No que diz respeito ao bloqueio, 43% dos usuários acreditam que a medida não foi justificada, enquanto 18% não sabem o suficiente sobre o assunto para opinar. 39% concordam com a medida do STF.
O levantamento entrevistou mais de mil (1.045) brasileiros que citaram ter usado a rede social para entender o impacto da medida de suspensão determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no último dia 30 de agosto.
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