Muitos são os medos e também as empolgações que cerceiam o avanço da Inteligência Artificial. Cada vez mais influentes no cotidiano de empresas, governos e pessoas, a tecnologia suscita debates sobre o seu verdadeiro potencial – projeções para o futuro que, não raro, são acompanhadas por sugestões sobre o controle legal da tecnologia.
De olho neste cenário de dualidades, a The Cynefin Company montou o relatório global nas principais percepções da sociedade sobre os maiores benefícios e preocupações em relação ao uso da IA. A coleta de dados aconteceu entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024.
Entre os maiores potenciais identificados no estudo, destaca-se o poder da IA de permitir investigações profundas, que superam as capacidades dos motores de busca tradicionais. Também foi destacada a capacidade da tecnologia em fomentar competências transdisciplinares nos humanos, incentivando um desenvolvimento holístico em resposta aos desafios globais.
A identificação de padrões que ajudam a revelar insights valiosos em grandes volumes de dados aparece como uma vantagem desejável às empresas pautadas pela cultura data-driven – uma noção acompanhada pela possibilidade de utilização dos algoritmos na tomada de decisões mais imparciais, tanto no ambiente empresarial, quanto no cotidiano comum.
Por outro lado, os medos que rondam a IA também são significativos. Entre eles, destacam-se, principalmente, os abusos no uso da tecnologia, onde o fator humano pode ser o elo mais fraco ou perigoso. Destaca-se, também, a percepção do declínio das indústrias criativas, com a automação substituindo a inovação humana.
Adicionalmente os entrevistados demonstraram receio quanto a criação de propagandas manipulativas, que podem influenciar decisões de forma extrema, bem como as decisões tendenciosas ocultas, onde os vieses incorporados nos algoritmos podem causar grandes prejuízos, como riscos à democracia e à estabilidade social.
Montando o quebra-cabeças
De modo geral, a IA foi vista como uma aliada na colaboração eficaz, na promoção da criatividade e na destilação de grandes volumes de dados. Por outro lado, o mau uso da tecnologia, a incapacidade de distinguir o trabalho humano do automatizado e o risco de exclusão digital são questões que despertam preocupação.
Segundo Alexandre Magno, CEO da operação The Cynefin Co Brazil, o estudo revela que muitas lideranças ainda subestimam o verdadeiro potencial da IA. Ele ressalta que os executivos superestimam a capacidade de fazer melhor ou mais rápido o que já sabemos fazer, utilizando a IA com foco, apenas, na produtividade
Na avaliação do especialista, a discussão sobre o equilíbrio entre os benefícios e os riscos da IA é cada vez mais necessária, à medida que a sociedade navega em uma era de inovação sem precedentes.
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