Os medicamentos injetáveis para emagrecimento, como os análogos de GLP-1, estão mudando o comportamento dos consumidores na América Latina. Produtos como Ozempic e Mounjaro já são reconhecidos por 26% dos lares da região e 11% das famílias afirmam utilizar ou considerar o uso desses tratamentos.
O interesse pelos medicamentos varia entre os países. No Equador, a atenção ao tema é 45% superior à média regional, enquanto México e América Central registram níveis 27% e 9% acima da média, respectivamente, segundo o relatório “The Health Effect – How Health Choices Are Shaping Consumer Behavior”, da Worldpanel by Numerator.
Consumidores que adotam ou consideram adotar esses produtos relatam mudanças nos hábitos alimentares, além de questões de saúde: 59% reduziram o consumo de bebidas açucaradas, 55% diminuíram a ingestão de alimentos gordurosos e 51% cortaram produtos com açúcar.

A preocupação com o peso atinge 45% da população latino-americana, com maior incidência entre as classes média (47%) e alta (49%) e na faixa etária de 36 a 55 anos (50%).
Ao mesmo tempo, o estudo identifica queda em práticas preventivas: o percentual de pessoas que limitam o tempo de tela caiu de 44% em 2024 para 38% em 2025 e a realização de check-ups de rotina recuou de 52% para 45%. Quem mantém uma rotina de exercícios, porém, demonstra maior disciplina preventiva: 67% continuam realizando exames periódicos e 47% conseguem reduzir o tempo em frente às telas.
O levantamento “O Efeito Saúde – Como a saúde está moldando o consumo” é baseado em mais de 15 mil entrevistas em nove mercados da América Latina, incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e seis países da América Central (Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá).
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