Participar da NRF, o maior evento global do varejo, sempre me traz boas memórias e uma oportunidade única de enxergar além do presente, não apenas como profissional, mas como alguém que gosta muito de explorar as transformações do mundo ao nosso redor. Enquanto escrevo este artigo, recordo minha primeira visita a Nova York para o evento, há alguns anos. Desde então, a NRF se tornou quase que um marco anual no meu calendário, graças aos aprendizados e às histórias que carrego de lá. Em 2025, viverei minha quarta participação, e, mais uma vez, as expectativas estão altíssimas.
Em 2023, lembro-me de como a geração dos meus filhos — a Alpha — me fez enxergar o varejo sob uma nova perspectiva. Com sua busca por autenticidade e conexão, eles mostraram que o consumidor contemporâneo não aceita menos do que transparência e propósito. Naquele ano, os debates sobre tecnologia e comportamento me ajudaram a compreender como essas novas gerações estão transformando o mercado. Já em 2024, os corredores do evento foram dominados por conversas sobre retail media, além de inteligência artificial e seu potencial de transformar a operação das marcas.
Para 2025, minhas expectativas se voltam a uma questão fundamental: como nos reconectamos com as pessoas em um mundo tão digital? Afinal, apesar de toda a tecnologia disponível, o varejo continua sendo, essencialmente, sobre pessoas — sobre compreender quem está do outro lado do balcão, seja ele físico ou virtual.
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Ainda assim, a tecnologia permanece como uma grande aliada. O uso estratégico de dados tornou-se indispensável para entender o comportamento do consumidor e antecipar suas necessidades, oferecendo uma vantagem essencial às marcas que buscam se destacar. Não é surpresa, portanto, que tecnologias como inteligência artificial e machine learning continuem no centro das discussões, reafirmando seu papel transformador em todos os aspectos do setor.
Colocar o consumidor no centro das estratégias sempre foi um desafio fascinante, e essa premissa segue sendo uma prioridade na NRF. Em um mercado cada vez mais competitivo, as marcas precisam ir além do básico e buscar maneiras de criar experiências que verdadeiramente surpreendam e emocionem. Desde jornadas omnichannel mais integradas, que conectam o físico e o digital de maneira fluida, até experiências imersivas proporcionadas por realidade aumentada e inteligência artificial, o objetivo é encantar o consumidor em cada ponto de contato.
Essa abordagem ganha ainda mais relevância em um momento em que a fidelização se torna um desafio crescente. Para fortalecer os laços com o público, as empresas precisam investir em serviços personalizados, programas de recompensas mais atrativos e uma comunicação genuína e autêntica. A experiência do cliente ultrapassa o ato da compra, tornando-se um pilar estratégico para construir relações profundas e duradouras.
Por fim, a NRF não é apenas sobre tendências, mas também sobre conexões. São nos encontros informais, nos encontros após as palestras, jantares compartilhados e nas histórias que ouvimos que nascem as ideias mais poderosas. Retorno a Nova York para aprender e para sentir novamente aquele frio na barriga ao imaginar o futuro e o papel que todos nós desempenhamos nele. No próximo artigo, prometo compartilhar não só visões e tendências, mas também as histórias vividas nesta edição. Até lá!
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