Pela primeira vez na história, uma empresa brasileira conquista o Grand Prix da categoria Sustainable Development Goals (SDG Lions) no Festival Internacional de Criatividade de Cannes. O prêmio máximo foi concedido à Natura pela iniciativa inédita de mapear, por meio de drones com inteligência artificial, 60 mil hectares de floresta amazônica no Pará — o maior inventário florestal já realizado no Brasil.
A ação, desenvolvida com o apoio das comunidades locais da cadeia de sociobiodiversidade, tem foco na regeneração ambiental e fortalecimento das cadeias produtivas da região. O projeto foi apresentado aos jurados de Cannes por meio do vídeo “The Amazon Greenventory”, criado em parceria com a agência Africa Creative.
Tatiana Ponce, CMO da Natura, celebrou a conquista como um marco na trajetória da empresa. Ela destaca que a vitória celebra o compromisso com a Amazônia e reforça a importância de compartilhar histórias reais de regeneração com os consumidores e rede de vendas, fortalecendo a conexão com quem acredita nos propósitos da empresa.
A amplitude da conquista
Além do Grand Prix, o projeto também foi premiado com um Leão de Prata na categoria Creative Data. A Natura ainda recebeu, no início da mesma semana, o título de marca mais sustentável do mundo no Brand Blueprint Awards, da Kantar, entre 880 marcas avaliadas em 22 países — sendo a única brasileira entre as vencedoras das 14 categorias da premiação.
O inventário florestal realizado pela Natura em parceria com a startup brasileira Bioverse e a empresa de tecnologia Xmobots, reuniu dados de uma área equivalente a 100 mil campos de futebol em apenas seis meses — tarefa que levaria mais de 20 anos pelos métodos tradicionais.
O estudo visa ampliar as cadeias produtivas da bioeconomia amazônica, medir estoques de carbono, avaliar a saúde das espécies e identificar o potencial econômico da floresta em pé. Ele também contribui para a meta da empresa de se tornar regenerativa até 2050.
A iniciativa é conduzida junto a cerca de 70 famílias das comunidades de Abaetetuba e Irituia, no Pará, e fortalece cadeias sustentáveis como as do tucumã e do açaí, que originam bioingredientes usados em linhas como Natura Ekos.
Hoje, a empresa utiliza 46 ingredientes amazônicos e opera 94 cadeias de fornecimento na região, onde contribui para a conservação de 2,2 milhões de hectares de floresta e beneficia mais de 10,5 mil famílias. Em 2024, a Natura destinou R$ 48,5 milhões às comunidades, sendo R$ 24,5 milhões apenas com a compra de insumos da sociobiodiversidade.
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