“Até parece que essa marca está lendo meus pensamentos”. Esse deve ser o desejo de qualquer profissional de marketing, growth e engajamento de consumidores em tempos de concorrência acirrada. Mesmo com isso em mente, algumas marcas ainda têm se posicionado de acordo com seus próprios instintos e deduções, o que gera desistência, bloqueio e queda nas taxas de conversão. Hoje, o consumidor quer ser entendido e, mesmo que se surpreenda quando uma marca se antecipa às suas demandas, ele vivencia uma experiência positiva. Isso cria uma conexão forte entre comprador e marca, gerando frutos positivos de fidelização, custos menores e aumento de receita. E como saber o que o consumidor quer e conquistar esse engajamento? Que ferramenta mágica é essa? Não tem segredo e nem bola de cristal. Para criar uma relação fiel com os consumidores a ponto de prever seus passos e comportamentos, a resposta é: Marketing Preditivo! Esse recurso possibilita identificar padrões e tendências e se antecipar às decisões de consumo usando técnicas, dados e análises estatísticas. Neste processo também temos outros aliados, como a Inteligência Artificial e os algoritmos de Machine Learning. E, sendo muito honesto, os dados não mentem! É possível ser 500% mais lucrativo enviando campanhas de conversão para os consumidores certos, na hora certa, após análise preditiva. O exemplo a seguir está no relatório Marketing Preditivo, da MoEngage, que apresenta outras informações sobre essa ferramenta e como ela pode alavancar bons resultados para as marcas.Imagine uma marca com uma base formada por um milhão de consumidores e quer lançar uma campanha por e-mail promovendo produtos novos com desconto. Após segmentar os consumidores em três grupos (maior adesão, média adesão, baixa adesão), definir faixas de descontos diferenciadas para atrair cada grupo, análise de custo, conversão, receita e outros dados, é possível observar que o ROI mais baixo da campanha é oriundo de consumidores no segmento de baixa propensão, embora a receita desse cohort seja alta. Ao mesmo tempo, o ROI do segmento de alta propensão é 500% maior, saltando de 3 para 19. Sim, 500%!Ou seja, consumidores que estavam inseridos na previsão de probabilidade de conversão, apresentam maior interesse em converter, resultando em menos gastos nas campanhas e maior exatidão nos resultados. Isso é marketing preditivo. Não se esqueça que a “previsão de conversões” pode ter diferentes significados para cada marca. Apresento três exemplos: 1) mercado de entretenimento, aumento de compras de conteúdos pagos; 2) mercado financeiro, cliques em artigos sobre produtos e serviços como cartões de crédito, financiamentos, previdências; 3) e-commerce e varejo, mais produtos nos carrinhos de compra. Esses parâmetros são essenciais para que as marcas melhorem a experiência dos seus consumidores ao longo das suas jornadas. Ao evitar as correlações negativas, é possível melhorar as conversões. Siga os sinais, e boa sorte em suas previsões. Como agir com os consumidores “desengajados”?O conceito de “desengajados” também passa por diferentes óticas, a depender do segmento de mercado. Exemplos: 1) marcas de compras, quando o consumidor olha as vitrines, mas não efetua a compra; 2) marcas de entretenimento, não há consumo de conteúdo enviado; 3) bancos, mais de 3 meses desde a última atividade. Para estes, também há parâmetros de correlação positiva e negativa, que dão importantes insights para que a marca tente mudar a jornada do consumidor. A estratégia também vale para gerar engajamento com aqueles que agem de acordo com a correlação negativa e aumentar o engajamento com aqueles que realizam atividades de correlação positiva. Percebeu que um consumidor está prestes a ficar inativo? Envie uma campanha para ele! Assim, todo aumento no engajamento faz com que não sejam qualificados como 'desengajados'.
E você pode me perguntar: “Daniel, meu segmento não é varejo e consumo. O marketing preditivo pode ajudar minha marca?”Eu te respondo que SIM! O Marketing Preditivo é capaz de revolucionar a relação de consumidor e marca em qualquer mercado. Serve para prever qualquer coisa!É possível gerir modelos preditivos personalizados para atender a quaisquer requisitos que a marca precise: 1) marcas EdTech, monitorar atividades diárias; 2) marcas de saúde, indicações; 3) mercado financeiro, pagamentos perdidos, por exemplo. Cada meta pode ter vários parâmetros correlacionados, como os citados a seguir. O importante é verificar os parâmetros de correlação produzidos pela ferramenta e analisar de que forma a experiência de qualquer consumidor pode ser melhorada.
E sua marca? Está pronta para se beneficiar dos recursos do Marketing Preditivo? Identificar e desbloquear oportunidades ocultas, aumentar o LTV do cliente, otimizar os gastos de marketing, e aumentar a retenção de clientes são apenas alguns dos ganhos ao se antecipar. Se a sua “marca lê os pensamentos dos consumidores”, ela pode criar uma experiência personalizada e relevante por meio de estratégias de ações de marketing. *Daniel Simões é General Manager da MoEngage para LatAm. Anteriormente em atuação como Country Manager Brasil da AppsFlyer, o executivo tem passagem por empresas como McKinsey & Co, Grupo Estado e Internet Securities. Além de realizar o reposicionamento e turn around do Estadão OESP Mídia para PME, liderando o processo de transformação das “Páginas Amarelas” em um negócio 100%, Daniel também foi o responsável pelo início das operações de startups estrangeiras no Brasil. O executivo possui MBA em Administração com ênfase em Marketing pela FAAP e é graduado em Administração. Possui mais de 15 anos de experiência nos segmentos de tecnologia, digital, editorial, publicidade, financeiro e serviços.*Daniel Simões é general manager da MoEngage.
COMPARTILHAR ESSE POST