Modelos de trabalho híbrido e remoto são os favoritos de 52% dos brasileiros, conforme apontam dados de uma pesquisa divulgada pelo Datafolha. E a flexibilidade oferecida pelas citadas modalidades estão ganhando força por contribuírem também para a promoção da igualdade de gênero no mercado de trabalho. Isso porque estes modelos não apenas permitem que os trabalhadores respondam às responsabilidades domésticas e parentais como também possibilita que mulheres tenham mais liberdade para buscar novas oportunidades profissionais e para se dedicar aos estudos e ao aprimoramento profissional. Aplicando a teoria à realidade, 38% das mães com filhos pequenos entrevistadas para a pesquisa "Mulheres no Local de Trabalho", realizada pela McKinsey & Company em colaboração com LeanIn.Org, revelaram que, sem flexibilidade no local de trabalho, seriam compelidas a deixar a empresa ou reduzir suas horas de trabalho, o que significa a perda do poder financeiro. Em função disso, home office e modelo híbrido aparecem como uma preferência de 28% das mulheres entrevistadas pelo Datafolha. A título de comparação, a opção pelo trabalho totalmente presencial é mais expressiva entre os homens (48%) em comparação com as mulheres (41%). O fator eficiência Para Ricardo Triana, Diretor Interino do Project Management Institute (PMI) na América Latina, a preferência pela flexibilidade, especialmente entre as mulheres, destaca a importância de modelos de trabalho que promovam equidade e satisfação no ambiente profissional. Mais satisfeitos, os profissionais tendem a render mais, contrariando a percepção de que os modelos híbridos prejudicam a eficiência. Nesse sentido, dados divulgados no relatório Pulse of the Profession 2024, da PMI, apontam que os resultados obtidos no regime home office não comprometem a eficácia no ambiente profissional. Detalhes específicos mostram uma diferença mínima nas taxas de desempenho entre o trabalho remoto, localização híbrida e trabalho presencial. Conforme indicado pela Taxa de Desempenho do Projeto, os dados apontam para 73,2% no trabalho remoto, 73,4% na localização híbrida e 74,6% no trabalho presencial, demonstrando uma variação sutil nas eficiências, independentemente da modalidade de trabalho adotada. Adicionalmente, dados de uma pesquisa realizada em conjunto pela Scoop e o Boston Consulting Group (BCG) apontam que empresas com políticas flexíveis superam seus pares em crescimento de receita. Empresas totalmente flexíveis apresentaram um crescimento de receita de 21%, em comparação com 5% nas empresas com requisitos de tempo de escritório. Leia também: 54% dos anfitriões do Airbnb são mulheres. Oportunidade de empreender é atrativo
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