<p class="titulomateria">Marketing Imobili&aacute;rio: conhe&ccedil;a as estrat&eacute;gias da planta &agrave; cobertura</p> <p>Por Thiago Terra<br /><a href="mailto:thiago@mundodomarketing.com.br">thiago@mundodomarketing.com.br</a></p> <p>O setor imobili&aacute;rio vem crescendo junto com o cr&eacute;dito dispon&iacute;vel para os brasileiros. Tijolo por tijolo, parcela por parcela, os consumidores caminham juntos com as construtoras e j&aacute; planejam e executam o projeto de aquisi&ccedil;&atilde;o do im&oacute;vel pr&oacute;prio com cada vez mais freq&uuml;&ecirc;ncia. &Eacute; verdade que o boom imobili&aacute;rio que o pa&iacute;s vive tem uma grande parcela de responsabilidade pelo aumento da demanda. O resto &eacute; com o Marketing mesmo.</p> <p>Com tantas ofertas, como fazer o inquilino optar pelo financiamento de uma ou outra construtora? Com ou sem argamassa, o Marketing das empresas precisa construir um relacionamento forte e confi&aacute;vel para fazer com que o consumidor encaixe a chave na ma&ccedil;aneta do pr&eacute;dio que ela construiu.</p> <p>Seja na planta ou na apresenta&ccedil;&atilde;o do apartamento &ndash; ou casa -, o que o cliente quer &eacute; se encantar com a proposta. E esta proposta n&atilde;o se baseia em letras espalhadas por pap&eacute;is oficiais de um contrato, mas sim pelo que o empreendimento oferece para ele e sua fam&iacute;lia.</p> <p><span class="subtitulomateria">Mudan&ccedil;a nas estrat&eacute;gias<br /></span><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Marketing Imobili&aacute;rio: conhe&ccedil;a as estrat&eacute;gias da planta &agrave; cobertura" src="images/materias/Carlos_Valladao_materia.jpg" border="0" alt="" width="166" height="267" />Com vinte anos neste mercado, a Eug&ecirc;nio Marketing Imobili&aacute;rio apostou na profissionaliza&ccedil;&atilde;o do Marketing neste setor. &ldquo;As empresas eram menores e todas as quest&otilde;es de marketing eram resolvidas em segundo plano&rdquo;, conta Carlos Vallad&atilde;o (foto), Presidente da empresa do Grupo Eug&ecirc;nio.</p> <p>Para outros executivos do setor, o cen&aacute;rio n&atilde;o mostra tantas mudan&ccedil;as nas estrat&eacute;gias de Marketing. De acordo com Paulo P&ocirc;rto, Diretor de Marketing e Vendas do grupo Klabin Segall, a maioria das empresas ainda oferece o mesmo conceito: casa, fam&iacute;lia, sorrisos e imagens. &ldquo;Como um todo n&atilde;o mudou muito, mas a Klabin Segall adotou o sonho, o intang&iacute;vel do neg&oacute;cio como estrat&eacute;gia, j&aacute; que o im&oacute;vel &eacute; o sonho da vida da maioria das pessoas&rdquo;, acredita P&ocirc;rto.</p> <p>De acordo com ele, o cliente que fica cinco, dez anos sonhando com a casa pr&oacute;pria precisa ser comunicado de uma forma l&uacute;dica. &ldquo;Ningu&eacute;m comunica cerveja dizendo que tem l&uacute;pulo ou sementes do oriente m&eacute;dio. Colocam uma mulher bonita para chamar a aten&ccedil;&atilde;o do consumidor, por exemplo&rdquo;, compara o Diretor da Klabin Segall em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p><span class="subtitulomateria">Diferenciando tijolo de tijolo<br /></span>Partindo do princ&iacute;pio de que o setor imobili&aacute;rio oferece um produto commodity, &eacute; preciso que as empresas busquem a diferencia&ccedil;&atilde;o da concorr&ecirc;ncia desde a planta at&eacute; a cobertura mobiliada do empreendimento. &ldquo;Confiabilidade e credibilidade s&atilde;o dois grandes chav&otilde;es deste setor. Partimos do princ&iacute;pio de compromisso com projetos de vida, devido ao tempo que o im&oacute;vel estar&aacute; presente na vida do cliente&rdquo;, aponta Rafael Rossi, Gerente de Marketing Institucional da Rossi.</p> <p>De acordo com Rossi, vender um produto imobili&aacute;rio requer responsabilidade porque existe um compromisso com as pessoas, j&aacute; que elas v&atilde;o viver naquele lugar. Isto mexe com o emocional do consumidor e &eacute; um trabalho de relacionamento em longo prazo.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: right;" title="Marketing Imobili&aacute;rio: conhe&ccedil;a as estrat&eacute;gias da planta &agrave; cobertura" src="images/materias/Paulo_Porto_mat&eacute;ria.jpg" border="0" alt="" width="153" height="245" />A busca pela diferencia&ccedil;&atilde;o &eacute; simples para Paulo P&ocirc;rto (foto). Basta que o setor respons&aacute;vel pela comunica&ccedil;&atilde;o das empresas pare e pense nas estrat&eacute;gias que est&atilde;o fazendo e nas que vir&atilde;o pela frente. Segundo ele, &eacute; preciso que o Marketing n&atilde;o fique no lugar comum. &ldquo;Para se diferenciar &eacute; necess&aacute;rio usar o Marketing alternativo, o boca-a-boca, ser diferente, mas com bom custo para o cliente&rdquo;, avalia Paulo P&ocirc;rto, da Klabin Segall.</p> <p><span class="subtitulomateria">Oferta X demanda<br /></span>Para explicar o que o consumidor leva em considera&ccedil;&atilde;o na hora de escolher o seu lar, o empres&aacute;rio do setor imobili&aacute;rio, Donald Trump, definiu em tr&ecirc;s palavras: localiza&ccedil;&atilde;o, localiza&ccedil;&atilde;o e localiza&ccedil;&atilde;o. Por&eacute;m, na realidade de diversos brasileiros este n&atilde;o &eacute; o principal atributo para a tomada de decis&atilde;o. Al&eacute;m da localiza&ccedil;&atilde;o, &eacute; preciso destacar outros itens de um empreendimento.</p> <p>&ldquo;Precisamos respeitar a intelig&ecirc;ncia do consumidor e parar com a comunica&ccedil;&atilde;o &ldquo;burra&rdquo; que mostra uma planta, as depend&ecirc;ncias do pr&eacute;dio, condom&iacute;nio, entre outros&rdquo;, alerta Carlos Vallad&atilde;o, da Eug&ecirc;nio Marketing Imobili&aacute;rio. &ldquo;Procuramos o encantamento, o conceito do neg&oacute;cio. Procuramos conhecer profundamente o produto que temos e ser agressivo no pre&ccedil;o&rdquo;, completa em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p>Segundo Paulo P&ocirc;rto, s&atilde;o poucas as caracter&iacute;sticas de um im&oacute;vel que decidem a compra, mas existem vari&aacute;veis muito importantes. &ldquo;O cliente hoje compra um espa&ccedil;o de conviv&ecirc;ncia para a fam&iacute;lia, amigos e com o com&eacute;rcio pr&oacute;ximo. O espa&ccedil;o dele &eacute; primordial&rdquo;, diz. O Diretor de Marketing e Vendas do grupo Klabin Segall mais uma vez cita o setor de bebidas como exemplo. &ldquo;Todas as marcas de cerveja vendem o produto gelado. Em todos os pontos-de-venda encontramos cerveja em garrafa e qualquer uma estar&aacute; gelada e pronta para ser consumida&rdquo;, conta.</p> <p><span class="subtitulomateria">Novas m&iacute;dias e criatividade resultam em inova&ccedil;&atilde;o</span><br />A Internet tamb&eacute;m invadiu as obras e entra nos condom&iacute;nios sem tocar o interfone. &Eacute; cada vez mais comum a pesquisa por apartamentos e casas pela web antes da visita pessoal ao local. Esta j&aacute; &eacute; uma das melhores formas de atingir o consumidor, aponta Carlos Vallad&atilde;o, da Eug&ecirc;nio. &ldquo;A Internet tem um papel fundamental no alcance dos clientes atrav&eacute;s de a&ccedil;&otilde;es promocionais&rdquo;, diz.</p> <p>Uma das a&ccedil;&otilde;es promocionais da Eug&ecirc;nio Marketing Imobili&aacute;rio envolveu o lan&ccedil;amento de um empreendimento no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, h&aacute; cerca de tr&ecirc;s anos. A a&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou com um movimento criado atrav&eacute;s de um blog com bandeiras dos times de futebol do Rio de Janeiro e o mote &ldquo;Eu sou da Lapa&rdquo;. &ldquo;Esta a&ccedil;&atilde;o em conjunto com outras m&iacute;dias tradicionais e alternativas resultou em seiscentas unidades vendidas em aproximadamente duas horas&rdquo;, conta Vallad&atilde;o.</p> <p>Descendo no mapa, saindo do Rio de Janeiro e indo para Porto Alegre, a Rossi desenvolveu uma a&ccedil;&atilde;o de Marketing de Guerrilha na capital ga&uacute;cha. Em um terreno onde seria constru&iacute;do um empreendimento da empresa, foram colocados tapumes para cercar o espa&ccedil;o. Usando a cor azul da marca na &eacute;poca, os tapumes foram pintados e a produ&ccedil;&atilde;o colocou bonecos simulando curiosos tentando ver o que tinha atr&aacute;s da cerca azul, pendurados nos tapumes.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Marketing Imobili&aacute;rio: conhe&ccedil;a as estrat&eacute;gias da planta &agrave; cobertura" src="images/materias/Rafael_Rossi_mat&eacute;ria.jpg" border="0" alt="" width="150" height="268" />De acordo com Rafael Rossi (foto), o resultado foi uma grande assimila&ccedil;&atilde;o da marca e o sucesso na estrat&eacute;gia de branding da construtora. A a&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foi feita na Internet, atrav&eacute;s do Second Life. &ldquo;Reproduzimos um pr&eacute;dio ainda n&atilde;o constru&iacute;do em parceria com uma loja de m&oacute;veis e aumentamos os investimento em links patrocinados devido a efic&aacute;cia da web neste setor&rdquo;, conta Rossi ao site.</p> <p><span class="subtitulomateria">Investimento em Marketing</span><br />Se no ponto-de-venda do varejo tradicional a meta &eacute; oferecer experi&ecirc;ncia ao consumidor, no setor imobili&aacute;rio n&atilde;o poderia ser diferente. O ambiente onde &eacute; feita a escolha do produto &eacute; cada vez mais fiel ao que o consumidor vai encontrar quando abrir a porta de sua moradia. &ldquo;O nosso stand de vendas consome cerca de 30% da verba de Marketing por ser um produto de alto valor agregado. Tem que estar muito bem ambientado e integrado com a campanha geral e ser um ambiente agrad&aacute;vel&rdquo;, afirma Paulo P&ocirc;rto, da Klabin Segall.</p> <p>Entre as estrat&eacute;gias de capta&ccedil;&atilde;o de clientes da Klabin Segall, a que traz mais resultado &eacute; a que foca no consultor no PDV. Para isso, &eacute; necess&aacute;rio saber atuar com cada p&uacute;blico. &ldquo;Se estou lan&ccedil;ando um produto de R$ 6 milh&otilde;es, o corretor deve falar outras l&iacute;nguas fluentemente. Se for um estabelecimento de R$ 70 mil, o profissional dever&aacute; saber falar a l&iacute;ngua deste p&uacute;blico. &Eacute; preciso se adequar &agrave;s necessidades&rdquo;, calcula P&ocirc;rto.</p> <p>Est&aacute; se tornando comum para as empresas do setor imobili&aacute;rio investirem em Marketing de olho no ponto-de-venda. Segundo Rafael Rossi, R$ 30 milh&otilde;es da verba de Marketing v&atilde;o para os stands da empresa todo ano. Na Klabin Segall, os n&uacute;meros giram em torno de R$ 60 milh&otilde;es. Tudo para fazer o consumidor investir na planta hoje e colher os frutos amanh&atilde;.</p> <p><a href="../materia.asp?codmateria=3147" target="_blank">Tecnisa aposta em marketing digital e conquista crescimento. Leia o case da construtora.</a></p>
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