Analisar os arranjos familiares é uma necessidade constante do mercado para se aproximar ainda mais do consumidor. Isso porque as novas rotinas acabam impactando no consumo e na forma com que as marcas lidam com determinado público. Se antigamente os homens eram tidos como os chefes do lar, a realidade é que hoje as casas possuem mais de um chefe com a presença da mulher no mercado de trabalho, ou ainda ela tomando pra si o papel de líder do lar.
De acordo com a pesquisa da Qualibest, apresentada por Fabia Fábia Silveira, Gerente de Atendimento e Planejamento do instituto, no Clube Mundo do Marketing, os lares brasileiros hoje são bastante plurais, tendo a formação tradicional de um casal heterossexual com filhos em sua maioria (53%). Por outro lado, as mães solo representam a segunda maior fatia nessa organização, com 13%.Em seguida surgem a família reconstituída, com filhos de outros relacionamentos (8%) e que moram sozinhos (7%).
Nessa responsabilidade pelo lar, as contas são pagas - em sua maioria - entre duas ou mais pessoas (51%). Para 34%, uma pessoa é responsável pelos gastos, mas também divide com outra pessoa. Apenas 15% são os únicos a serem responsáveis pelas contas.
Representatividade das marcas
Na hora de se comunicar com o público, no entanto, não cabe a uma marca generalizar as famílias com base no que a maioria aponta. As mulheres, solteiros, pessoas não binárias e de classe A e B são as que mais reconhecem marcas que abraçam a diversidade. A pesquisa da Qualibest, em parceria com a Top Brands, mostrou também que o cuidado da marca com este tema interfere na nova jornada do consumidor na etapa de consideração, onde a escolha do shopper depende do discurso e atitudes das empresas.
Recorte nos gastos do lar
As classes C/D/E são aquelas em que as pessoas mais velhas são responsáveis pelo lar. E, mais especificamente, na região Norte é onde mais reconhecem a figura que mais possui cuidado com as pessoas e quem exerce autoridade. Já na análise geracional, os jovens são as pessoas com mais autoridade dentro de casa para influenciar os gastos. Por outro lado, é a geração Y que mais diz contribuir financeiramente com as contas.
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