Blogueiros do segmento turístico influenciam mesmo na decisão de viagens. As marcas de turismo apostam neles como estratégia de Marketing, como apontou a pesquisa feita pela Associação Brasileira dos Blogueiros de Viagem (ABBV). Cerca de 92% das empresas entrevistadas já consideram fazer ações com influenciadores digitais em suas estratégias.
Ações com blogs e influenciadores digitais já estão bastante difundidas no setor de turismo, especialmente entre em agências de comunicação que atendem instituições e profissionais de marketing de empresas de serviço. Entre as 118 participações, 109 declararam ter realizado ações com blogueiros e influenciadores digitais em 2019 e 117 declararam interesse em fazê-lo oportunamente.
As ações mais praticadas são aquelas vinculadas às atividades de assessoria de comunicação e relações públicas, como a divulgação de releases. No entanto, ações de publicidade estão com tendência de crescimento mais acentuada – como programas de afiliados ou apoio a eventos feitos por/para blogueiros e influenciadores. Também estão em alta contratações de publieditoriais (publicações pagas) e organização de press trips.
Credibilidade da experiência compartilhada
A divulgação do produto, serviço ou destino turístico é a principal motivação para a procura por influenciadores. A maior parte das marcas entende que blogs e canais de mídias sociais têm papel fundamental na tomada de decisão dos viajantes. Também se destaca o interesse em alcançar um público qualificado – isto é, com segmentado por nichos e de acordo com o perfil de público-alvo da marca.
Ao buscar visibilidade das marcas, os profissionais de Marketing e turismo valorizam conteúdo de qualidade e com credibilidade – o que também está relacionado ao compartilhamento de experiências reais e ao endosso agregado pelos criadores de conteúdo. “Acredito que o futuro do marketing e da publicidade está muito atrelado à blogueiros e influenciadores, já que consumidores tendem a confiar muito mais em suas opiniões, o que é super positivo. Empoderar pessoas reais para falarem de suas experiências pode ser muito mais eficaz do que simplesmente fazer publicidade para a sua marca” - Marcella Pasquarelli, Online Affiliate Manager da WePlann.
Variedade de mídias na estratégia de Marketing
Ao indicar as plataformas de conteúdo prioritárias para suas estratégias de marketing, os entrevistados puderam selecionar múltiplas respostas. Maior parte das instituições (74%) trabalha com um mix diversificado de plataformas, tendo selecionado mais de três tipos de mídia. O Instagram – plataforma já habitual para práticas de influencer Marketing – está entre as prioridades de 76% das instituições, inclusive pela afinidade com o conteúdo de turismo. Blogs e sites são prioritários para 61% das marcas, por serem conteúdos com ciclo de vida mais longo, com presença em buscadores, além da distribuição em redes sociais.
Outro fator que pesa no sucesso das campanhas é o perfil dos influenciadores selecionados. Busca e análise manual é a metodologia mais usada no setor (38%), destacando-se a avaliação qualitativa do conteúdo além da observação de métricas básicas como volume de público e engajamento. Apenas 13% dos profissionais declararam usar ferramentas para mapeamento e análise de blogs e perfis de redes sociais, e outros 5% mencionaram a contratação de agências especializadas em influencer Marketing.
Existe uma grande participação de atendimento a demandas recebidas (23%) – quando o blogueiro ou influenciador entra em contato com a instituição demonstrando interesse ou apresentando alguma proposta de parceria. Assim como relacionamento direto e a troca de indicações entre profissionais de Marketing (21%) é bastante frequente, visto que agências tendem a trabalhar com múltiplos clientes do setor de turismo e muitas instituições mantêm há anos um trabalho permanente de relações públicas.
A pesquisa foi realizada um pouco antes da pandemia, com participação de 118 profissionais de Marketing e turismo, incluindo representantes de órgãos de turismo de destinos (33%), hotelaria (23%), empresas prestadoras de serviços diretamente relacionados ao turismo (tours, câmbio, seguros etc. - 22%) e agências de viagem (12%).
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