Em tempos de Black Friday, consumidores costumam prestar bastante atenção às variações dos preços praticados pelas marcas antes e durante a data para evitar a compra de produtos “pela metade do dobro”. Prova disso é que 33,4% dos compradores entrevistados pela Data Goal para a pesquisa “Black Friday 2024” estão rejeitando ofertas que parecem boas demais para ser verdade.

Produtos com preços finais reduzidos em centenas ou milhares de reais de forma repentina e sem uma explicação plausível – mesmo no contexto de promoções da Black Friday – tendem a ser ignorados pelos desconfiados. Para Daniel Boaventura, CEO e fundador da Data Goal, esta característica exige que as marcas estejam prontas para demonstrar o valor real dos produtos de forma clara e autêntica.

E há um bom motivo pelo qual as marcas deveriam se esforçar para explicar as ofertas: 24,2% dos entrevistados acreditam que as promoções são verdadeiras na maioria dos casos, enquanto 37% dos consumidores entendem as promoções como verdadeiras ocasionalmente. Esse cenário, segundo Boaventura, demonstra que as marcas precisam investir mais em transparência e clareza para resgatar a confiança dos consumidores.

Influenciadores podem ser o caminho

A desconfiança é parcialmente dissolvida quando as marcas delegam a influenciadores a missão de comunicar as ofertas de Black Friday. Neste contexto, o índice de entrevistados que afirmam acreditar nas promoções na maioria das vezes quase dobra, chegando a 43,1%, enquanto 29,1% dos respondentes disseram ficar desconfiados com frequência.

Boaventura ressalta que, embora as campanhas com influenciadores tenham impacto, é essencial que elas se pautem por uma comunicação autêntica e informativa, principalmente em épocas como a Black Friday. Algumas mazelas, como a má-reputação dos criadores escolhidos, pode ocasionar efeitos reversos ao esperado e arranhar a imagem da empresa – o que pode ser fatal para pequenos e médios negócios.

Neste panorama, a Data Goal mostra que, para 29,4% dos entrevistados, a decisão de compra depende da reputação da loja, destacando a importância de avaliações positivas e da construção de uma boa imagem. De modo geral, 53,8% dos consumidores preferem comprar de grandes varejistas conhecidos, refletindo a segurança associada a marcas estabelecidas. 

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