O mercado varejista entra em 2025 com expectativas otimistas de crescimento, embalado por avanços tecnológicos e mudanças nos hábitos de consumo. Segundo o relatório Consumer Goods and Retail Outlook 2025, publicado pela Economist Intelligence Unit (EIU), as vendas globais devem crescer 2,2% — o maior índice positivo desde o início da década. Esse resultado reflete a adoção de tecnologias como integração omnichannel e inteligência artificial, além de uma reconfiguração das preferências dos consumidores.

Uma pesquisa da Cognizant reforça essa tendência ao apontar que, neste ano, os consumidores estarão mais receptivos às soluções tecnológicas. Ferramentas como assistentes digitais e chatbots terão um papel essencial na personalização da experiência de compra e na entrega de ofertas relevantes. O Chief Commercial Officer (CCO) da Mission Brasil, Julio Bastos, destaca que a disposição em compartilhar dados pessoais aumentará à medida que as marcas entregarem experiências mais convenientes e alinhadas aos desejos dos clientes.

“O varejo em 2025 estará mais conectado, eficiente e consciente. As novas tecnologias, aliadas às demandas dos consumidores por personalização e sustentabilidade, vão moldar a forma como compramos e vendemos”, afirma Bastos. 

Com base nesse cenário, o especialista elencou cinco grandes tendências para o setor varejista no ano:

Crescimento do omnichannel e do e-commerce

O comércio eletrônico no Brasil segue em expansão acelerada, impulsionado pela busca por conveniência. A integração entre lojas físicas e canais digitais torna-se essencial para proporcionar experiências de compra fluidas e sem barreiras. “A omnicanalidade é a chave para oferecer uma experiência consistente e eficiente, independentemente do canal”, reforça Bastos.

Inteligência artificial e automação

A IA terá um papel central em todas as etapas da jornada de compra, indo além dos chatbots. Segundo o executivo, a tecnologia otimizará a gestão de estoque, preverá demandas e aprimorará o atendimento ao cliente. “Investir em IA significa antecipar necessidades e otimizar processos de forma inteligente”, explica.

Sustentabilidade e consumo consciente

A preferência por empresas comprometidas com práticas sustentáveis continua a crescer. Um levantamento da Nielsen mostrou que 65% dos brasileiros priorizam marcas que adotam medidas ecológicas e socialmente responsáveis. Para Bastos, a transparência e a responsabilidade ambiental são fatores decisivos: “O compromisso com a sustentabilidade será um diferencial competitivo inegável”.

Personalização guiada por dados

A coleta e análise de dados ganham protagonismo para oferecer experiências personalizadas. Recomendações de produtos, ofertas customizadas e descontos exclusivos fortalecem a fidelização. “A personalização cria um relacionamento direto e eficiente com o consumidor”, diz Bastos.

Varejo social e redes como canais de compra

O social commerce está consolidado como um dos principais meios de transações comerciais. Bastos explica que influenciadores e afiliados continuarão desempenhando papéis cruciais, promovendo campanhas personalizadas enquanto as redes sociais facilitam compras diretas. “Os canais online serão os novos pontos de encontro entre marcas e consumidores”, conclui.

Com um ano promissor pela frente, o varejo deve continuar se reinventando, combinando inovação tecnológica e foco nas preferências do consumidor para atender a um mercado em constante transformação.

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