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IA generativa deve ser acessível e para todos, afirma CEO da Gupshup.io

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Tempo de Leitura 4 min

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21 de ago. de 2023

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Reportagens

As discussões em torno do potencial revolucionário da Inteligência Artificial Generativa e suas repercussões na sociedade fizeram parte do painel de abertura do Super Bots Experience, importante seminário brasileiro focado no tema, realizado nos últimos dias 1 e 2 de agosto, no WTC Events Center, em São Paulo. O CEO da Gupshup.io, Beerud Sheth,  referência no assunto, esteve presente e pontuou a importância da acessibilidade da ferramenta para o avanço tecnológico das empresas.

Ao lado de diversos players e executivos C-Level do setor de chatbots, Beerud falou sobre “IA generativa e a disrupção do mercado de bots”. Para ele, o componente obtido por meio dessa tecnologia pode ser incluído em qualquer tipo de jornada, tornando a experiência do cliente a mais exclusiva possível.

E se antes a IA generativa era apenas uma possibilidade, Beerud garante que, hoje, é uma realidade. “Os chatbots generativos baseados em IA agora são parte integrante de todas as nossas ofertas. Temos visto um interesse significativo de nossos clientes, resultando na implantação dessas soluções para várias marcas. Por exemplo, um de nossos clientes, uma seguradora líder na Índia, está usando nossos chatbots baseados em IA generativa para treinar seu vasto exército de consultores de seguros. Os consultores podem fazer perguntas sobre produtos, políticas, etc ao chatbot do WhatsApp e o bot responde com respostas precisas, tornando-se quase como um tutor no bolso”, observa.

Ferramenta acessível

A Gupshup está no espaço da IA há algum tempo. No entanto, a IA generativa é algo novo e deve ter um impacto enorme no envolvimento do cliente. Por isso, a tecnologia tem um potencial significativo para elevar a experiência do cliente em todo o funil do consumidor. Beerud alerta para o fato de que desafios existem, principalmente por se tratar de uma tecnologia ainda considerada nova.

Um ponto que também deve ser levado em conta é que trata-se de uma tecnologia que não é tão cara como antes. Sheth destaca que, embora tecnologias de ponta, como bots, podem inicialmente ser percebidas como investimentos caros para as empresas, existem alternativas para se obter um melhor custo-benefício.

“Gostaria de lançar alguma luz sobre as perspectivas atuais e futuras do modelo de negócios e precificação de projetos de bot com sua adoção. Nos últimos meses, testemunhamos inovações notáveis em modelos de linguagem de código aberto (LLMs), resultando em modelos mais compactos e rápidos. A tendência está se movendo em direção a modelos especializados que se destacam em domínios específicos e funcionam excepcionalmente bem para um grupo menor de tarefas corporativas. Como consequência, o custo de executar esses modelos em escala está diminuindo gradualmente, tornando-os mais econômicos ao longo do tempo”, diz.

Ele afirma ainda que o custo de treinamento e personalização desses LLMs também está se tornando mais acessível. “Com os avanços contínuos na tecnologia e o aumento da concorrência no mercado de APIs de IA, os provedores estão trabalhando consistentemente para reduzir custos. Por exemplo, a OpenAI reduziu significativamente o preço de sua API em 10 vezes, em apenas seis meses, e outros grandes players seguiram o exemplo”, afirma.

Beerud complementa, afirmando que, “por meio de inovação contínua, concorrência saudável e adoção generalizada, o custo geral da integração de IA em projetos de bot continuará diminuindo significativamente. À medida que o setor evolui, essas reduções de custos serão refletidas em nossos preços, tornando as soluções de bot com tecnologia de IA mais acessíveis para empresas de todos os tamanhos”.

Valor da IA

Beerud dá o exemplo de que se você for comprar uma passagem para São Paulo, 100 passageiros pagam mil reais. Um milhão de passageiros pagam um real. É a equalização dos valores. Se alguma empresa tiver escala e muitos clientes, o custo vai diminuir. A ideia é a mesma para o caso de IA, pois tudo se resume à utilização. Outro exemplo é a criação de uma fábrica de semicondutores: antigamente um chip custava muito caro, mas, conforme se ganhou escala, o custo ficou acessível.

“Ninguém compra IA. A IA é usada junto com muitas outras coisas. Você usa a IA junto com as  mensagens do WhatsApp e precisa de uma plataforma para executar campanhas, uma plataforma para criar jornadas, uma plataforma para rastrear dados de clientes e perfis, uma plataforma para comércio e compras, uma plataforma para pagamento e um painel de agentes e assim por diante. Ou seja, quando se olha o custo total, aquele referente à IA é pequeno justamente pelo fato de não ter custo.  Ele já vem embutido no preço e sai praticamente grátis no custo total. Se você compra um perfume em uma loja cara, a amostra grátis que você ganha de brinde e que parece um presente, na verdade, não é, pois o valor já está incluído no preço”, analisa.

Diferentemente de plataformas de delivery de alimentos em que as comidas variam dependendo de cada região global, a IA é um software que funciona igualmente para qualquer país, mesmo com as diferenças linguísticas. Você precisa ter uma presença global para ter a escala necessária para reduzir o custo e poder oferecê-lo gratuitamente, e temos uma presença muito forte na Índia, no Oriente Médio, no Sudeste Asiático e, agora, também na América Latina, de modo que podemos aproveitar essa vantagem global para facilitar o trabalho para empresas e negócios.

Leia também: O impacto da IA Generativa no trabalho e as mudanças no mundo dos negócios

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Bruno Mello

Fundador e Editor Executivo

Fundador e Editor Executivo do Mundo do Marketing, Jornalista com MBA em Marketing.

AUTOR

Bruno Mello

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