Sentimentos como identificação, apreço, admiração e empatia nem sempre são motivos exclusivos pelos quais as pessoas seguem influenciadores nas redes sociais. Há quem siga personalidades que detestam (ou apenas não admiram), como 11% dos brasileiros que compõem a amostra de uma pesquisa divulgada pela Influency.me em pareceria com a Opinion Box.
Já existe um nome para isso: hate following. O comportamento reforça que a atenção do público nem sempre nasce da afinidade, mas também da curiosidade ou do desejo de observar de perto figuras que geram crítica e controvérsia. Esse movimento ocorre em um ambiente já marcado por desconfiança.
Mais da metade dos entrevistados (55%) acredita que a vida exibida por influenciadores é, em geral, artificial, enquanto 68% afirmam que há excesso de criadores de conteúdo na internet. Mesmo assim, o público demonstra consciência sobre a própria relação com essas vozes digitais: 82% reconhecem a necessidade de cuidado para evitar influência negativa, e 40% preferem seguir influenciadores com os quais se identificam, sinalizando interesse por autenticidade.

Já a decisão de deixar de seguir um influenciador costuma estar ligada a critérios claros. Para 60% dos respondentes, a principal razão é a queda na qualidade do conteúdo. Divergências de opinião aparecem em seguida (50%), seguidas pelo excesso de publicidade (43%). Esses fatores ajudam a explicar a expansão do hate following: quanto maior a visibilidade, maior a exposição a críticas e rejeições.
Esse cenário aponta para um público digital mais maduro e atento às dinâmicas da influência. O hate following demonstra que a relevância segue determinante, mesmo quando não há empatia. Os influenciadores continuam pautando conversas e tendências, ainda que nem sempre conquistem a plena admiração de seus seguidores.
Gostando ou não da figura de influenciadores específicos, os brasileiros contribuem para a manutenção do poder da influência. O relatório mostra que 65% dos entrevistados já compraram produtos recomendados por influenciadores e 87% dessas pessoas ficaram satisfeitas com a escolha.
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