A Getty Images anunciou na terça-feira (7) a aquisição de sua principal concorrente, a Shutterstock, consolidando uma fusão que resultará em uma empresa avaliada em US$ 3,7 bilhões, incluindo dívidas.
Segundo comunicado oficial, os acionistas da Shutterstock receberão US$ 28,85 por ação — o equivalente a aproximadamente 13,5 ações da Getty — com a opção de receber parte do pagamento em dinheiro e outra em ações da compradora.
A transação envolve o pagamento de US$ 331 milhões em dinheiro e a emissão de 319,4 milhões de ações da Getty. Após a conclusão do negócio, os acionistas da Getty Images deterão cerca de 54,7% da nova entidade, enquanto os acionistas da Shutterstock ficarão com os 45,3% restantes.
Ambas as empresas enfrentaram queda significativa em valor de mercado nos últimos anos. Desde que abriu capital em julho de 2022, a Getty acumula perdas de 73% no valor de mercado, enquanto a Shutterstock perdeu cerca de 50%.
Após o anúncio do acordo, as ações da Shutterstock subiram 44% nas negociações de pré-mercado, e as da Getty chegaram a dobrar de valor.
Sinergia estratégica em um mercado desafiador
A fusão une dois gigantes do mercado de conteúdo visual licenciado nos Estados Unidos, em um momento em que a inteligência artificial transforma o setor de criação de conteúdo e o avanço das câmeras de smartphones ameaça os modelos tradicionais de bancos de imagem.
A união busca criar sinergias, reduzir custos e ampliar a lucratividade. A expectativa é que a empresa combinada ofereça serviços mais diversificados para clientes de mídia, publicidade e criação de conteúdo, fortalecendo sua posição competitiva e reduzindo as perdas provocadas por imagens geradas por IA.
A fusão será submetida a rigorosa análise antitruste, especialmente em um momento de maior escrutínio regulatório. Enquanto o governo Biden bloqueou fusões em setores como supermercados e aviação, o cenário regulatório sob supervisores nomeados na administração Trump pode oferecer maior flexibilidade em determinados segmentos.
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