Membros da Geração Z, caso uma escolha lhes fosse concedida, qual alternativa seria mais atraente: ganhar US$ 1 milhão ou acumular 1 milhão de seguidores nas redes sociais? Esta pergunta foi utilizada como um dos eixos de uma pesquisa realizada pela Waffle e a resposta pode ser surpreendente para alguns: 93% dos entrevistados optaram pelo dinheiro, mesmo reconhecendo o potencial financeiro de uma grande base de seguidores. 

O mesmo estudo, dedicado a mapear e identificar comportamentos dos zoomers na internet, aponta que 38% dos membros desta geração passam entre 4 e 7 horas diárias nas redes sociais. O Instagram foi apontado como canal favorito por 85% dos participantes, seguido pelo WhatsApp (83%) e YouTube (41%). 

Apesar do alto volume de uso, a privacidade aparece como uma preocupação central para essa geração. 49% dos respondentes expressaram receio sobre a segurança de seus dados pessoais. Em função disso, quase um terço raramente faz publicações, refletindo a crescente demanda por perfis “grid zero” (aqueles que apenas consomem conteúdo sem postar) e o uso cada vez maior dos “finstas” (contas privadas no Instagram).

Na avaliação de Hernane Jr., CEO e fundador do Grupo Waffle, a Geração Z demonstra maior consciência sobre segurança e privacidade do que se imagina. O profissional acredita que a relação dos zoomers com as plataformas sociais descreve um completamente novo comportamento digital, no qual o consumo de conteúdo é mais passivo, refletindo uma busca por controle e autonomia sobre suas vidas digitais.

Ainda assim, 21% dos jovens relataram experiências negativas ligadas às plataformas, como ansiedade, estresse e comparações. Do total de participantes, 48% afirmaram sentir ansiedade, mesmo sem diagnóstico, enquanto 29% confirmaram o transtorno após avaliação profissional. A solidão também surge como um dos principais temores da geração, destacando a busca por conexões pessoais genuínas em um ambiente altamente digitalizado.

Não por acaso, apesar do tempo dedicado às redes sociais, 66% dos jovens priorizam relacionamentos com familiares, amigos e parceiros como o aspecto mais importante de suas vidas. Além disso, 53% manifestaram o desejo de ter de 1 a 2 filhos, e 31% almejam casar. No entanto, 27% afirmaram que só considerariam o matrimônio se encontrassem a pessoa ideal, evidenciando uma abordagem mais reflexiva em relação a compromissos duradouros.

Para Hernane, os dados deixam claro que os zoomers valorizam, acima de tudo, as conexões reais. Relações familiares e amizades ocupam um papel central em suas vidas, demonstrando a busca por um equilíbrio entre o mundo online e o offline, e reforçando que o aspecto humano continua essencial no desenvolvimento pessoal dessa geração.

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