A Dove estendeu o conceito de Beleza Real a uma nova dimensão em “The Dove Code”, sua nova campanha “anti-IA”. A ação reflete uma preocupação real para o mercado de beleza, despertada pela estimativa de que, até 2025, 90% do conteúdo online será gerado por inteligência artificial.
O problema, neste caso, orbita ao redor da tentativa de descrever uma beleza perfeita – e irreal – alcançada através imagens geradas ou manipuladas artificialmente. Pensando nisso, Alessandro Manfredi, CMO da Dove, destacou a importância de uma abordagem proativa, que neste caso, passa pela promessa de nunca usar inteligência artificial nas comunicações da marca.
The Code se propõe a mostrar ao público as muitas falhas que mancham as definições generalistas de beleza compreendidas pela IA generativa. Em seguida, a peça exibe imagens mais realistas e diversificadas, geradas após a introdução da linha “de acordo com Dove Real Beauty” nos prompts de comando inseridos na máquina.
Segundo Manfredi, a ação tem o objetivo de empoderar as mulheres para garantir que elas, e não os algoritmos, possam decidir e declarar a real essência da verdadeira beleza. Estas escolhas, segundo Manfredi, contribuem para comunicações mais realistas, humanizadas e representativas.
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20 anos de Beleza Real
Cabe ressaltar que a Dove advoga o conceito de Beleza Real há duas décadas. O ativismo da empresa se notabilizou em campanhas desenvolvidas para desafiar os padrões estéticos enraizados na indústria da beleza, difundidos pelos meios de comunicação e reverberados pela sociedade.
Lançada em 2006, a peça Evolution, primeira ação dentro da plataforma criada pelo conceito, escancarou o processo de manipulação de uma fotografia utilizada em um anúncio de beleza, demonstrando como traços naturais de um corpo feminino eram apagados em nome de uma perfeição inexistente e inalcançável.
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