Membros queridos das famílias brasileiras - ou chefes delas, no caso dos gatos - os animais de estimação movimentam um mercado bilionário. Em 2022, a indústria pet faturou R$ 41,96 bilhões, um montante equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto nacional.
Os gastos com o bem-estar animal mais que duplicaram nos últimos quatro anos, e o aumento pode ser explicado pela vasta gama de serviços à disposição dos bichinhos. Atualmente, o segmento é formado por indústrias e integrantes da cadeia de distribuição de alimentos (Pet Food), medicamentos veterinários (Pet Vet) e assistência pet para saúde e cuidados com higiene (Pet Care).
O sistema atende aos 139,3 milhões de animais de estimação contabilizados no país - uma população maior do que a de países como México, Japão e Turquia, que aparecem entre as 20 nações mais populosas do mundo.
Necessidade e luxo se confundem
No Brasil, a classe média é o principal público consumidor de produtos e serviços para animais de estimação, e de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), os gastos com alimentação representam a maior parte do faturamento do segmento. Na sequência estão os serviços (Pet Serv) e os cuidados (Pet Care).
Considerados gastos essenciais que os donos devem assumir para garantir o bem-estar de seus animais de estimação, os custos podem representar um desafio para pessoas da classe média. Por isso, a orientação é para que os tutores tenham um planejamento financeiro sólido que possa garantir assistência adequada aos pets.
Por outro lado, pensando nos tutores que gostariam de estender aos pets a experiência proporcionada por produtos premium, marcas de luxo estão desenvolvendo estratégias específicas para os animais, originando o segmento “Pet Fashion”.
O setor é movido pela comercialização de bolsas sofisticadas, coleiras personalizadas e roupas elegantes fabricados por marcas de prestígio no universo premium, como Gucci, Prada, Louis Vuitton, Fendi.
No segmento de vestuário, marcas como Ralph Lauren e Moncler, desenvolveram coleções de roupas para pets. A primeira criou uma linha seguindo a tendência "tal dono, tal pet", em que as peças são personalizadas para ambos. Já a segunda adaptou a ideia exclusivamente para os trajes de neve. Já a Gucci, oferece uma variedade de modelos de casacos, suéteres, blusas e outras opções.
Cabe ressaltar, no entanto, que o movimento ainda é incipiente, e as marcas de luxo representam apenas 1% do faturamento do setor pet nacional.
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