O mercado global da economia dos criadores vale cerca de 250 bilhões de dólares, atualmente, podendo quase dobrar esse número (480 bilhões) até 2027, de acordo com um levantamento da Goldman Sachs Research, divulgado em 2023. O crescimento exponencial do mercado reflete em outras áreas, como no Marketing de influência, que deve movimentar 24 bilhões de dólares mundialmente no ano de 2024, segundo a The Influencer Marketing Benchmark Report 2024.
Tais projeções fomentam cada vez mais a profissão do influenciador digital, que cresce proporcionalmente, e coloca dúvidas na cabeça de muitas marcas de como escolher o certo para divulgar seus produtos e serviços. Nesse cenário, o algoritmo entra como um facilitador, uma vez que ele pode ajudar empresas a escolherem um perfil ao identificar contas com alto engajamento orgânico e autêntico, que são priorizados pelas plataformas.
De acordo com Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation e especialista em Marketing de influência, ao analisar interações, relevância do conteúdo e alcance, o algoritmo indica influenciadores que geram mais impacto com seus seguidores, ajudando no processo de escolha das marcas.
Segundo ele, existem diversas estratégias que as marcas podem utilizar para usar o algoritmo a seu favor. “As marcas devem focar no engajamento, em vez de apenas no número de seguidores. Os algoritmos priorizam interações autênticas e conteúdo relevante, o que torna a taxa de engajamento um fator crucial. Além disso, a análise de dados em tempo real permite identificar influenciadores cujas postagens continuam a aparecer no feed de seus seguidores, mesmo com as limitações do algoritmo, ajudando as marcas a obter maior exposição orgânica”, explicou.
Pontos de atenção na Creator Economy
Segundo o executivo, entender as especificidades de cada plataforma é fundamental nesse processo. Outro ponto importante é a adaptação ao algoritmo de cada plataforma. Influenciadores que entendem como o conteúdo é priorizado em diferentes redes sociais, como TikTok e Instagram, podem gerar resultados melhores.
Além disso, ele explica que o uso inteligente da segmentação permite que o conteúdo chegue a usuários que já demonstraram interesse em nichos específicos, garantindo uma audiência mais qualificada e maximizando o impacto da campanha.
Assim como em qualquer área do Marketing, o ROI é o termômetro que define se a parceria foi vantajosa ou não para a empresa. “A fim de maximizar esta métrica financeira, usada para saber quanto a marca ganhou com determinado investimento, é imprescindível que se priorize o alinhamento de valores e público-alvo, focando em influenciadores que compartilham seus princípios e têm uma comunidade engajada”, avalia Fabio.
O profissional ressalta que, além disso, é importante definir objetivos claros para a campanha e observar métricas avançadas, como o custo por aquisição (CPA), para avaliar o impacto real do influenciador, indo além das curtidas e visualizações. Brand awareness (consciência de marca), conversão, downloads, vendas e outros objetivos derivados também são fundamentais na opinião do diretor.
Gonçalves ainda reforça outros métodos que podem gerar bons resultados para as marcas. “A realização de testes com diferentes influenciadores e formatos, junto à otimização contínua, pode melhorar os resultados das campanhas. Investir em parcerias de longo prazo fortalece a conexão com o público, aumentando a confiança e o ROI. Além disso, explorar nichos menores, como micro e nano influenciadores, oferece uma excelente oportunidade de conversão a um custo mais acessível, devido à proximidade desses criadores com seus seguidores”, conclui.
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