Você já percebeu que quando entramos em um site de notícias ou e-commerce de uma marca, a primeira coisa que chama a nossa atenção é um pop-up que apresenta a política de cookies daquele canal? E essa ação, nada mais é que uma forma de coletar nossas preferências para o desenvolvimento de todo um ecossistema de comunicação personalizado, que nos apresenta diferentes plataformas que são semelhantes a daquela busca.
E é por isso que ao entrar em um site de moda, você segue sendo impactado por anúncios que te apresentam deslumbrantes peças das mais diferentes marcas do mercado. E aceitar estes cookies é uma ação tão automática, que nunca paramos para pensar se os dados que compartilhamos no ambiente digital estão realmente seguros.
Apesar das constantes atualizações e novidades sobre o avanço e regulamentação das tecnologias, ainda caminhamos a passos largos de ter um espaço efetivamente seguro em relação a essa série de informações que são compartilhados ao simples toque do ‘aceito todos os cookies’.
Prova disso, é uma pesquisa da Immuta, empresa especializada em segurança de dados que aponta que 35% dos respondentes deste estudo, que são profissionais dessa área, afirmam que as principais iniciativas que suas respectivas companhias investirão ainda em 2024, é a implementação de uma governação e controles de segurança mais fortes.
Mas aí eu te pergunto: Já não deveríamos ter essa segurança mais estruturada principalmente diante da constante onda de ataques cibernéticos que acontecem constantemente?
Sim, deveríamos. Mas, ainda de acordo com o levantamento da Immuta, o acesso e visibilidade de dados são os principais desafios da segurança do consumidor, de acordo com 33% das empresas participantes.
Diante das informações apresentadas, faz-se necessário que o marketing e a segurança de dados andem juntos, já que a ferramenta de aproximação entre marcas e públicos necessita dessas preferências para criar experiências personalizadas ao consumidor, promovendo fidelização, identificação e conexão. E para isso, é preciso que os responsáveis por essas estratégias sejam transparentes quanto aos dados coletados, e afinal, qual a sua finalidade na construção dessa comunicação, o que dá espaços para a não divulgação de informações pessoais em situações de desconforto ou insegurança.
Além disso, é imprescindível que as empresas construam esse pilar de confiança com seu público se comprometendo a coletar apenas os dados necessários com o consentimento explícito do usuário, além de disponibilizá-lo só para colaboradores e áreas autorizadas, visando diminuir qualquer violação, acesso não autorizado ou uso indevido de toda essa base. Essas informações precisam, inclusive, ser armazenadas sob medidas de segurança e privacidade robustas, que incluem criptografia e outras tecnologias de proteção, além de estarem de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Tem ficado mais claro que, o ritmo dessas mudanças vem deixando profissionais ligados a uma verdade que não mudará nos próximos anos: confiança, segurança e conformidade são inestimáveis. O mercado vem buscando soluções que se alinhem a esses pontos, principalmente com o anúncio do fim dos cookies, que abre uma oportunidade criativa de pensar nessa construção de estratégias personalizadas que olham para o pilar mais importante de todo esse ecossistema: o consumidor.
*Marcos Friol é head de tecnologia da Roda Trade, agência de dados e marketing de relacionamento da Holding Clube. Em sua trajetória no mercado, o profissional atuou no desenvolvimento e gerenciamento de projetos na contínua entrega de valor para o cliente final. Na agência, lidera a área de desenvolvimento de sistemas, que impulsiona os diferentes serviços oferecidos pela Roda para o mercado de marketing e comunicação
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