Nos últimos anos, o marketing tem precisado se adaptar às constantes mudanças, incorporar novas ferramentas, explorar a inteligência artificial, expandir sua presença em diferentes canais. Tudo isso sem perder a essência da marca e sem deixar de entregar uma experiência consistente ao cliente.
Ao longo desse processo de adaptação, a área acabou se fragmentando. Times desalinhados, ferramentas desconectadas, dados espalhados e operações cada vez mais complexas afastaram o marketing de sua vocação estratégica.
O resultado é visível: a perda de espaço nas decisões de negócio, o afastamento dos boards e uma atuação restrita à execução de campanhas, sem influência real sobre a construção de valor.
Segundo a McKinsey, 70% dos CEOs usam receita e margem como critério principal para avaliar o marketing, enquanto apenas 35% dos CMOs priorizam essas métricas. Além disso, metade dos CMOs afirma não participar do planejamento estratégico da empresa e 50% dos CEOs acreditam que o marketing está desconectado da estratégia de crescimento.
Pressionadas por resultados imediatos, muitas marcas deixaram de gerar valor para apenas repetir fórmulas. Após anos de investimento pesado em mídia paga, ter presença digital já não é mais um diferencial competitivo.
Hoje, todas as marcas estão presentes e é a marca, com sua consistência e relevância, que passa a definir a conexão e a escolha do consumidor. Esse cenário tem provocado um novo movimento.
Em vez de tentar equilibrar branding e performance, muitos CMOs reconhecem que é hora de voltar a investir em marca, não por vaidade institucional, mas porque é a marca que sustenta a performance quando o algoritmo muda, o orçamento aperta ou o consumidor hesita.
A IBM mostra que 46% dos consumidores valorizam personalização e conexão emocional com marcas. E, segundo a Nielsen, metade dos CMOs globais já reconhece que branding e revenue são igualmente prioritários.
Mas a transformação não para por aí. O marketing que quer evoluir precisa também repensar sua estrutura, operação e tecnologia. Não é mais sobre campanhas, e sim sobre sistemas.
O CMO que quer liderar precisa atuar como um engenheiro de crescimento, alguém capaz de garantir que dados, tecnologia, times e decisões estejam conectados e trabalhando em sincronia. Só assim será possível entregar relevância, consistência e impacto de verdade.
Não à toa, 58% dos CMOs afirmam que simplificar a infraestrutura melhora a eficiência (IBM). Mas, segundo o MarTech.Org, 65,7% ainda enfrentam o desafio da integração de dados em seus tech stacks. A fragmentação ainda é um obstáculo central.
Esses achados fazem parte do CMO Insights, material produzido pelo Zoho Marketing Plus em parceria com o #M15. O conteúdo nasceu a partir do CMO Summit 2025, evento que reuniu mais de 5 mil participantes e 300 speakers para discutir o futuro do marketing.
Como correalizadora do evento, a Zoho, big tech indiana com mais de 100 milhões de usuários no mundo, quis ir além da curadoria e convidou Beatriz Guarezi, Felipe Collins, Galileu Nogueira, Luiz Zaka, Pedro Campos e Thiago La Torre, criadores de conteúdo especialistas na área, para fazer uma leitura crítica do que foi debatido.
O resultado é um conteúdo direto ao ponto, com reflexões profundas sobre o que está na cabeça dos CMOs, quais são suas prioridades estratégicas e como transformar ideias em ação.
Cada creator trouxe uma visão única, revelando caminhos para:
Entender por que o marketing perdeu espaço nos boards e o que fazer para reconquistar relevância;
Enxergar o papel da cultura na construção de marcas fortes e conectadas com o público;
Enfrentar o desafio da fragmentação entre discurso, operação, ferramentas e dados;
Superar o espaço entre boas ideias e a dificuldade de colocá-las em prática no dia a dia;
E perceber como marcas líderes estão indo além da comunicação, tornando-se parte ativa da cultura com posicionamentos que geram conexão real e resultados.
O relatório ainda reforça um ponto essencial: em um cenário cada vez mais fragmentado, o caminho para reconectar o marketing à estratégia, à cultura e ao crescimento é unificar.
Quando tecnologia, estratégia e equipes atuam em sincronia e de forma unificada, o marketing volta a ser estratégico de verdade. Isso significa entregar uma experiência de marca consistente, gerar valor, se conectar com o público e, ao mesmo tempo, contribuir para os objetivos do negócio. Com isso, os resultados ficam claros para o time, para o board e para os clientes.
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