O desenvolvimento das redes sociais, acompanhado pelo subsequente refinamento do ecossistema da creators economy, conferiu às celebridades brasileiras ativas nas plataformas o rótulo de influenciadores digitais. O apelo social destas personalidades, no entanto, está longe de garantir o engajamento automático do público em campanhas de Marketing.
Isso porque as celebridades são citadas como favoritas por apenas 21,5% dos usuários entrevistados em uma pesquisa conduzida pela Brazil Panels. Na outra ponta da lista, os perfis de especialistas surgem como os preferidos pelos respondentes, com 54,7% das citações. O “recheio” do ranking é composto pelos perfis de familiares e amigos (47,6%), marcas (37,8%) e influenciadores (32,8%).
A predileção por especialistas, marcas e influenciadores acende um sinal de alerta sobre a eficiência das parcerias com celebridades consagradas fora do digital. Na avaliação de Claudio Basques, CEO da Brazil Panels, a escolha deve ser baseada na compreensão do consumidor e no desenvolvimento de estratégias eficazes em cada plataforma.
Para ganhar destaque no cenário digital, 62,4% dos respondentes acreditam que as marcas devem investir na qualidade do conteúdo, enquanto 20,5% apontam o engajamento com o público. Apenas 8,2% consideram a relevância da publicidade e 7,8% a frequência das postagens como pontos cruciais.
Em função disso, prossegue Vasques, é fundamental que as marcas busquem se informar sobre seu cliente ideal através de pesquisas de mercado, entendendo seus hábitos, atitudes, desejos e desafios. Dessa forma, é possível criar conteúdos direcionados e campanhas patrocinadas mais assertivas, estreladas pelas personalidades corretas.
Redes sociais mais usadas
O estudo aponta que o Instagram é a rede social mais popular entre brasileiros de 18 a 44 anos, enquanto o WhatsApp é a segunda mais utilizada. Esse cenário muda conforme a idade dos entrevistados: para a faixa etária de 45 a 54 anos, a predileção é pelo WhatsApp, seguido pelo Instagram. Entre os maiores de 55 anos, o WhatsApp permanece na liderança, com o Facebook em segundo lugar.
Sobre os formatos de conteúdo, vídeos curtos estão no topo das preferências, seguidos por fotos, lives, stories e carrosseis. Em relação ao salvamento de vídeos, 29,8% dos entrevistados salvam vídeos educacionais, 25,2% preferem vídeos com dicas, 20,7% optam por tutoriais e os 24,3% restantes se distribuem entre lives, histórias, bastidores e outros temas.
Em uma questão de múltipla escolha, a pesquisa também identificou as atividades menos apreciadas nas redes sociais: seguir influenciadores (37,4%), participar de grupos (35,9%) e comprar produtos e serviços (32,2%).
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