O “compre agora, pague depois” – buy now, pay later (BNPL) – está prestes a ocupar a terceira posição entre os métodos de pagamento digitais mais benquistos no Brasil. 42,4% dos entrevistados em um estudo conduzido pela Pagaleve em parceria com a GMattos disseram aprovar a modalidade.
A ascensão meteórica do BNPL chama a atenção. Em 2022, a diferença entre o método e o boleto bancário, atual terceiro colocado no ranking de preferência, era superior a 60%. Agora, a diferença caiu para 17,5%. O crescimento pode ser explicado, em partes, pela desaceleração das vendas online em 2023.
De acordo com os autores do estudo, instabilidades econômicas fazem com que os lojistas busquem formas de superar os obstáculos através de iniciativas como a revisão da oferta do parcelamento via cartões de crédito, pesquisa e implementação de novas modalidades, como o BNPL.
Neste panorama, os cartões de crédito, segunda opção no ranking de preferência, estão com condições de parcelamento mais restritas. O estudo identificou uma oscilação nos planos de parcelamento, com 29% das lojas passando a oferecer opções de pagamento parcelado com juros no cartão – um aumento em relação aos 24% registrados em março de 2024.
Como agravante, as ofertas de parcelamento em 10x reduziram significativamente, enquanto os planos de 3x e 6x aumentaram. Este panorama, segundo Henrique Weaver, CEO e Cofundador da Pagaleve, já era esperado, considerando um dos principais objetivos atuais do varejo: reduzir custos relacionados à inadimplência e às fraudes, que consomem cerca de 2% da receita dos lojistas.
Somente em 2023, o volume perdido por transações negadas por plataformas anti-fraude de compras com limite foi superior a R$ 200 bilhões. Além disso, nos últimos 5 anos, a cadeia de pagamento deixou de aprovar mais de R$ 700 bilhões de compradores com limite suficiente para transações.
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